O contrato com o Instituto Iter, fundado pelo ministro André Mendonça, ganhou repercussão nacional neste fim de semana. Sites de grande alcance nacional como o O Globo, Uol e Folha de São Paulo compartilharam a notícia sábado, 1º e domingo, dia 2. Além disso, pelo menos outros seis veículos nacionais também deram a notícia.
O Roraima em Tempo divulgou que o contrato, de R$ 273 ml, foi firmado em fevereiro deste ano, alguns meses antes de o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir vista que favoreceu o governador de Roraima no julgamento que pode cassar seu mandato. O processo já estava em poder dos ministros há um ano. Mesmo assim, Mendonça pediu mais um mês para analisar a causa. Vencido o prazo, ele pediu mais um mês.
O pedido de vista de Mendonça beneficia diretamente Denarium, que aproveitou esse novo prazo para fazer o lançamento de sua pré-candidatura ao Senado para o ano que vem. Ele também lançou a pré-candidatura de seu vice, Edilson Damião ao Governo.
Voto e ligação indireta
Após a publicação do contrato da empresa ligada ao ministro com o Governo de Roraima, muitas foram as especulações sobre o seu voto no processo de Denarium. Isso porque essa ligação indireta entre os dois beneficiou tanto um como outro. Denarium ganhou mais tempo no Governo e pode ficar até ele próprio se desincompatibilizar em abril para concorrer e Mendonça ganhou contrato para seu instituto.
Outra decisão do ministro beneficiou Denarium
Essa não é a primeira vez que o ministro André Mendonça é responsável por decisão que beneficia o governador de Roraima. Em 2024, o Governo do Estado estava impedido de fazer um empréstimo de R$ 805,7 milhões devido ao limite ultrapassado de despesa com pessoal pelo TCE-RR.
Denarium entrou acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o processo caiu nas mãos de André Mendonça. O ministro então co9ncedeu o pedido de Denarium, que conseguiu fazer o empréstimo mesmo de forma irregular e endividou o Estado por 10 anos.
Silêncio
Tanto o ministro André Mendonça como o Tribunal Superior Eleitoral foram procurados pela imprensa, mas nenhum respondeu. Por outro lado, o Roraima em Tempo também procurou Instituto Iter, que também não respondeu.

