Como o relacionamento dos pais afetam a vida amorosa dos filhos

Já não é mais segredo para ninguém que as crianças idealizam os pais, onde os veem como modelos e, muitas vezes até como “heróis”. Os pequenos ao observar o comportamento de seus pais, ou seja, como se relacionam entre si e com as pessoas próximas, acabam internalizando tudo o que veem e o que ouvem, […]

Como o relacionamento dos pais afetam a vida amorosa dos filhos
Foto: Divulgação

Já não é mais segredo para ninguém que as crianças idealizam os pais, onde os veem como modelos e, muitas vezes até como “heróis”. Os pequenos ao observar o comportamento de seus pais, ou seja, como se relacionam entre si e com as pessoas próximas, acabam internalizando tudo o que veem e o que ouvem, pois na mente das crianças os pais “sabem tudo” e, além disso, existe o amor incondicional delas por seus pais, as quais também desejam ser amadas por eles.

A vivência com os pais é o primeiro exemplo recebido pelas crianças sobre como funcionam as relações amorosas, por isso, essa influência do relacionamento dos pais na vida das crianças é muito forte. Diante dessa influência experimentada pelas crianças, elas tendem a repetir os modelos aprendidos, seja observando os comportamentos dos pais, ou ainda, pelo que ouvem deles, já que os pequenos estão sempre atentos ao ambiente a sua volta e, é dessa forma que vão construindo o seu “Eu” que é a identidade e personalidade de um indivíduo, composta por pensamentos, sentimentos, crenças e comportamentos. As crianças a partir da primeira infância, aprendem por imitação, onde incialmente os pensamentos e o comportamento funcionam como uma repetição daquilo que veem e experimentam. Ressalte-se que não é só o relacionamento em si e o tipo de vínculo que refletem negativamente ou positivamente nas crianças, mas também a posição que cada um dos pais ocupa no relacionamento, por exemplo: um pai machista e a mãe “heroína” submissa sofredora, pode no futuro influenciar a criança/menina a repetir esse padrão da “mulher infeliz e insatisfeita” que só vive reclamando da vida e nada faz para mudar esse status, onde culpa os outros por sua própria vida desgraçada em vez de agir para mudar a situação, ou mesmo, pode ocorrer o contrário, onde o pai com esse perfil submisso, vive sendo hostilizado pela mãe possessiva/dominadora, poderá levar a criança/menino a achar que todo homem deve viver sendo “esculachado” pela esposa.

Entendido isso, podemos agora demonstrar o porquê que certas pessoas tem tendência a se relacionar com parceiros(as) controladores(as), a agir com ciúmes doentios em relacionamentos, ter propensão a se meter em romances complicados e até abusivos. Isso não significa que tal pessoa tenha o popularmente chamado “dedo podre para relacionamentos”, mas há uma grande probabilidade de que tenha aprendido a agir assim devido aos padrões distorcidos vivenciados sobre o que seja amor, durante sua vivência com pais problemáticos.  Nesses casos, a pessoa deve buscar ajuda de Psicólogo se quer salvar o relacionamento, pois para romper com esse ciclo doentio será necessário ressignificar as experiências negativas vivenciadas, onde o profissional da Psicologia através da anamnese, aplicará as técnicas apropriadas para realizar uma espécie de “viagem ao passado” e tentar compreender o que aconteceu, para assim, indicar qual procedimento psicoterapêutico ideal para reverter o problema.

A responsabilidade dos pais na criação de seus filhos é de suma importância, pois existem várias formas de influenciar as crianças positivamente, como por exemplo, ser presente na vida dos filhos com ações positivas, demonstrando respeito, amor, carinho, companheirismo entre o casal e mesmo, com as crianças. Ainda, manter a conexão colaborativa na vida de casal, exaltar o trabalho digno como forma de conquistar as coisas por mérito, saber colocar os limites e dizer “não” de forma tranquila, tanto entre o casal quanto para as crianças, ou seja, sem discussões, gritos e as vezes até agressões verbais e físicas. Os pais devem mostrar que homens e mulheres possuem diferenças diversas, mas que se apoiam, valorizam um ao outro, respeitam as diferenças e dão espaço para que cada um exista na sua particularidade. Isso certamente influenciará as crianças quando atingirem a fase adulta, as quais buscarão manter relacionamentos saudáveis.

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