O deputado estadual Dr. Cláudio Cirurgião (União) cobrou do governador Antonio Denarium (Progressistas), através de um vídeo publicado no Instagram nesta terça-feira, 11, a exoneração imediata de Cecília Lorenzon da Secretaria de Governo Digital (Segod).
Segundo o parlamentar, ela estaria cursando Medicina em uma faculdade particular de Manaus, no Amazonas, enquanto permanece nomeada no cargo de alto escalão. O salário para a função é de R$ 30 mil.
“Saiu hoje a denúncia de que Cecília Lorenzon está cursando Medicina em uma faculdade privada em Manaus e ela é secretária de Governo. (…) O governador não pode nem dizer que não sabia disso, porque essa Secretaria fica dentro do Palácio do Governo”, disse.
O parlamentar classificou a situação como “inadmissível” e anunciou que pretende encaminhar denúncia para o Ministério Público e ao Tribunal de Contas, além de adotar medidas legislativas para apurar o caso.
“Depois de tudo o que ela fez, depois de toda a tragédia que ela provocou na Saúde roraimense, o senhor não consegue se livrar dessa secretária. Então mais uma vez: honre o seu cargo de governador e tome providências em relação a exoneração da secretária. Nós vamos pedir todas as informações à faculdade, ao Ministério Público, vamos fazer denúncias ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas”, destacou.
O Roraima em Tempo entrou em contato com o Governo do Estado para posicionamento e aguarda retorno.
Escândalos
Cecília Lorenzon é ex-titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Ela foi exonerada da Pasta em fevereiro do ano passado após ser acusada de cobrar propina. No mesmo dia, Denarium a nomeou na Secretaria de Estado de Governo Digital.
Os três anos de gestão da Lorenzon na Saúde ficaram marcados por escândalos e denúncias. Ela chegou a ser afastada do cargo pela Justiça após ser alvo da Polícia Federal na Operação Higeia, que apura suposta fraude em uma licitação de R$ 30 milhões para cirurgias ortopédicas na Sesau.
Além disso, em decisão recente, o Tribunal de Contas da União multou Cecília. Isso porque ela deixou de cumprir requisitos previstos em lei em licitações, enquanto esteve à frente da Sesau. Com isso, a secretária está impedida de exercer cargo em comissão, ou então função de confiança no âmbito da Administração Pública Federal, por oito anos.
Fonte: Da Redação

