Câmara aprova abertura de processo de impeachment contra prefeito de São Luiz do Anauá

Pedido parte de denúncia que tem como base ação movida pelo MPC. Órgão apurou, entre outras irregularidades, indícios de fraudes em contratações com prejuízo estimado em R$ 7,4 milhões

Câmara aprova abertura de processo de impeachment contra prefeito de São Luiz do Anauá
Foto: Divulgação

A Câmara Municipal de São Luiz do Anauá aprovou nesta terça-feira, 11, a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Chicão (Progressistas), por atos de improbidade administrativa.

O pedido parte de denúncia protocolada na Casa Legislativa na última segunda-feira, 10. Ele tem como base uma ação movida pelo Ministério Público de Contas de Roraima (MPC-RR).

Em junho deste ano, o órgão fez diligências para apurar uma série de denúncias que apontam graves irregularidades em contratações públicas pela Prefeitura Municipal. Entre elas, indícios de fraudes em contratações de serviços e empresa fantasma com sede em uma casa de madeira por quase R$ 700 mil. O prejuízo é estimado em mais de R$ 7 milhões.

A comissão formada para conduzir tem como integrantes os seguintes vereadores: Elda Xavier (PP), presidente, Juvane Salazar (Republicanos), relator, e o membro Gérson Alves (Republicanos).

Veja os atos cometidos pelo prefeito conforme a denúncia:

  • Irregularidades graves em contratos e licitações que somam R$ 7,4 milhões, envolvendo dispensa irregular de licitação, empresas de fachada e pagamentos sem comprovação de entrega de bens e serviços;
  • Desvio de recursos vinculados ao Fundeb, utilizando-os em despesas distintas à Educação;
  • Pagamentos sem lastro documental e com atestos fraudulentos;
  • Uso indevido do decreto de calamidade pública para contratações emergenciais simuladas;
  • Uso de empresas de fachada e de dispensas indevidas que resultaram em pagamentos vultosos, sem comprovação de entrega de bens.

Além disso, a denúncia revela ainda que Chicão, de forma unilateral e sem licitação, determinou a troca completa da iluminação pública da cidade. Ele teria contratado diretamente uma empresa escolhida por sua vontade pessoal, sem qualquer procedimento competitivo, parecer técnico ou justificativa legal.

Fonte: Da Redação

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