A empresa ISM Gomes enviou comunicado urgente de suspensão de fornecimento de alimentação nos hospitais do Estado. O Roraima em Tempo teve acesso ao documento nesta quinta-feira, 20.
A empresa justificou que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) já acumula dívida de R$ 11,6 milhões e que “não dispõe mais de estoques nem de condições financeiras para assegurar o fornecimento em sua integralidade, podendo haver ruptura no fornecimento.
O comunicado descreve sete ofícios enviados á Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), onde solicitou os pagamentos em atraso e reiterou em seguida. As cobranças iniciaram em fevereiro deste ano.

O documento, enviado no dia 18, relata ainda que, desde o início do contrato, a empresa vem sendo surpreendida com costumazes atrasos, assim como pagamentos parciais.
Uma denúncia enviado ao Roraima em Tempo no início da semana relatou que a dívida da Sesau com a ISM Gomes vem desde 2022. Documentos da própria Sesau mostram que, entre os mais de R$ 60 milhões em dívida da secretaria, estão os R$ 11,6 milhões da firma.
Confira:
- 2022 e 2023: R$ 3.945.993,83
- 2024: R$ 2.093.450,90
- 2025: R$ 5.560.055,76
- Total: R$ 11.599.500,49
Resposta
Em reposta, a Sesau disse que a alimentação hospitalar, tanto para pacientes quanto para servidores e acompanhantes se trata de serviço essencial, e sua interrupção é vista com maior cautela pela Justiça. Além disso, explicou que há um pagamento de R$ 1 milhão programada para a semana.
Desse modo, determinou que a ISM se abstenha-se de suspender ou reduzir o fornecimento, sob pena de responsabilização administrativa, civil e contratual.
Por fim, Por fim, reafirmou o compromisso com a regularidade financeira, a continuidade dos serviços e a segurança alimentar de pacientes, servidores e acompanhantes nas unidades de saúde do Estado.
Procurada pelo Roraima em Tempo na terça-feira, 18, a Sesau disse que não há atrasos com a empresa neste ano e que todos os pagamentos estão sendo feitos conforme prazo contratual.
Além disso, afirmou as dívidas de anos anteriores estão sendo saneadas à medida que há aporte orçamentário, seguindo critérios previstos em lei. Já nesta quinta-feira, a Sesau repetiu a mesma nota de esclarecimento.
Fonte: Da Redação

