Crítica
O remanejamento de R$ 30 milhões do governador Antonio Denarium para a Secretaria de Infraestrutura (Seinf), comandada pelo vice-governador, Edilson Damião (Republicanos) parece que não agradou os servidores do Estado. Principalmente os do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) que é de onde veio o valor milionário. É que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima), Francisco de Assis usou as redes sociais para lembrar que o valor poderia ser usado para atender demandas internas, como a reestruturação da carreira dos servidores. De acordo com Assis, o PCCR dos técnicos de carreira da categoria foi protocolado na Casa Civil há muito tempo e ainda não foi analisado.
Questionamentos
Francisco lembrou que Denarium discursa durante toda a gestão sobre a valorização do servidor, no entanto, a história é bem diferente na ótica do servidor. “Aí o senhor fala de valorização dos servidores, diz que não há necessidade daquele recurso, porque ele está parado. Isso, para bom entendedor, basta. (…) Por que nesse momento? Essa movimentação de 30 milhões de reais?”, questionou o representante.
Saúde
A falta de reagente no único Hemocentro voltou a ser alvo de denúncias à imprensa. De acordo pacientes internados no Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital da Criança precisam realizar cirurgias, biópsias, assim como receber doações de sangue. Contudo, estão sendo prejudicados e correndo risco por conta do problema. Conforme a denúncia, a situação é causada pela falta de pagamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). De fato, a saúde está entregue à míngua”, enquanto Denarium foca naquilo que considera importante: movimentar dinheiro (dos cofres públicos) justamente para a Pasta que tem dinheiro “de mais” e mostra trabalho de menos.
Investigação
Lembrando que em novembro do ano passado, o Ministério Público instaurou procedimento para investigar denúncias sobre a falta de insumos e estrutura no Hemocentro. Além disso, o órgão obteve sentença condenatória obrigando o Governo a garantir a regularidade do funcionamento adequado da unidade. Mais um caso que se o MPRR não estiver de perto acompanhando, o Governo empurra para baixo do tapete sem respostas ou ações efetivas para solucionar os problemas na frágil Saúde. Tanto é que após tomar conhecimento da nova denúncia, o órgão vai instaurar outro procedimento para apurar a denúncia.
Da Redação