Internado
O ex-prefeito de Bonfim, Joner Chagas, preso no último dia 27 pela Polícia Federal, está internado no Hospital Geral de Roraima (HGR). Em uma publicação nas redes sociais, sua assessoria afirmou que ele é portador de diabetes tipo 2 e necessita de acompanhamento constante para o controle da insulina. Segundo a família, Joner apresentou uma “descompensação”, chegando ao hospital com desidratação e quadro de comprometimento renal. Joner é investigado por suspeita de participação em um esquema de fraudes. Conforme a PF, ele atuaria como articulador em contratos com uma empresa de engenharia que somam mais de R$ 40 milhões. O caso remete ao do ex-senador Telmário Mota, acusado de mandar matar a mãe de sua filha, que também apresentou um súbito agravamento de saúde após ser preso, embora, antes de ser localizado pela polícia, circulasse normalmente em locais públicos, com a saúde aparentemente em dia.
Privilégios?
A população deve acompanhar o tratamento dado a Joner Chagas no sistema prisional, caso ele passe a ter privilégios. Isso porque todo mundo sabe que a Penitenciária Agrícola dispõe de equipe de saúde completamente capaz de prestar assistência ao ex-prefeito, assim como faz com tantos outros presos no local. E, no caso dele, que precisa de acompanhamento por diabetes, a equipe e o atendimento na unidade é mais que suficiente. Mas, se depois dessa internação Joner conseguir transferência para um local privilegiado, aí já se sabe que não foi pela doença.
Irregularidades 1
O Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR) vai apurar a suspeita de irregularidades na condução de um pregão presencial feito pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer). A disputa teve apenas duas empresas. Uma apresentou proposta de R$ 2 milhões, enquanto a vencedora ofereceu R$ 3 milhões. Mesmo assim, o laboratório de menor preço foi desclassificado. A justificativa seria porque a empresa não enviou a documentação, o que foi contestado por ela.
Irregularidades 2
É justamente em casos como esse que a transparência deveria ser a regra. A alegação de “documentação faltante” pode até soar técnica, mas precisa ser comprovada de forma objetiva, principalmente quando envolve dinheiro público e uma diferença tão expressiva entre as propostas. Sem isso, o processo deixa margem para dúvidas, questionamentos e um possível ‘desperdício’ de recursos.
Dinheiro tem… só não vai pra saúde
Mais uma empresa que presta serviço para o Governo deixou de receber os devidos pagamentos. Dessa vez, foi a Biocore, responsável por fornecer insumos para a análise e identificação de doenças em bolsas de sangue doados no Hemocentro. Conforme relatado, as dívidas somam cerca de R$ 1,5 milhão. Em novembro, a empresa até propôs à Sesau o pagamento de cerca de R$ 890 mil, parcelado em 9 vezes. E mesmo “facilitando”, o pagamento não ocorreu. Os valores são referentes a 2023, 2024 e 2025.
Preço
E o preço, como sempre, recai sobre o roraimense, que depende de um sistema de saúde precário e sem alternativas. Nesse caso, os pacientes que precisam da doação de sangue para fazer cirurgias. Além disso, as festas de final de ano estão chegando e a necessidade de bolsas de sangue aumenta. O fato é que há muitas demandas urgentes ignoradas na gestão de Antonio Denarium. E a população pergunta o por que o governador decidiu remanejar R$ 30 milhões para a Seinf, em ano pré-eleitoral, sob a justificativa de que as obras de infraestrutura precisam de mais atenção, se passou praticamente todo o mandato entregando escolas de lona e acumulando atrasos em obras públicas?
Da Redação