O roraimense Pascoal Duarte entrou para a história e está entre os 20 mais graduados do mundo no Jiu-Jitsu. O mestre recebeu faixa vermelha e branca, que representa 8° grau da modalidade no dia 25 deste mês, em Florianópolis.
“Acredito que o esporte pode contribuir para que a gente alcance um cenário social mais justo em Roraima”, disse à reportagem.
De acordo com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), além do reconhecimento, Pascoal se mantém como o mais graduado de Roraima, sendo representante e precursor no estado.
O Mestre representou a equipe Gracie Barra e foi graduado pelo mestre Carlos Gracie Jr.
Trajetória do roraimense
Ao Roraima em Tempo, ele explicou que começou na arte suave aos 14 anos, no Colégio Acadêmico do Rio de Janeiro.
“Comecei para me defender na escola. Comecei, muito cedo, no ensino médio e na escola os meninos tinham 15, 17 e 18 anos. Levava a pior nos conflitos. Às vezes nem queria ir pra aula. Pensei que precisava aprender uma luta pra me defender”, relembra.
Após dar início à jornada, Pascoal consolidou carreira na área. Desse modo, em 1993, ele retornou a Roraima e fundou a primeira equipe de Jiu-jitsu no estado.
“Junto com meus alunos da Federação Roraima Jiu Jitsu formamos a primeira equipe do esporte no estado. Contribuímos para a formação de outras equipes[…]”.
Além disso, em 2013, a CBJJ reconheceu Pascoal Duarte como mestre na faixa coral vermelha e preta, 7º grau da modalidade.
“Tivemos a oportunidade de competir com os mestres do Jiu-jitsu[…] com os melhores de todos os tempos. Já em 2017 fui para os EUA e passei três anos lá dando aulas e decidi retornar ao Brasil”.
Atualmente, o mestre relata que pretende orientar professores e alunos no estado por meio de projetos para populações vulneráveis.
“Não deixamos de orientar os professores do estado […] junto com a minha irmã Ivone Duarte que é a primeira mulher graduada na faixa coral realizamos outros projetos. O olhar dela é voltado para populações vulneráveis como crianças, as mulheres e a população LGBT[…] em Roraima sabemos que o feminicídio é muito alto e que as crianças precisam de atenção maior fora da escola com esporte, cultura e lazer”, finaliza.
Fonte: Yara Walker, repórter do Roraima em Tempo