O governador Antônio Denarium, sem sombra de dúvida, trata com muita indiferença o servidor público do Estado. Vossa excelência abre a “torneira” para todos, menos para a categoria. Quer ver só. Anos sem reajuste salarial e seu Antônio concedeu apenas 11% de aumento aos servidores. Brincadeira.
Por outro lado, vossa excelência criou mais de mil cargos comissionados com salários altos, já de olho nos votos para outubro próximo dos novos cabos eleitorais. A Caer, por exemplo, virou um grande “cabide de emprego”, tocado pelo senador Mecias de Jesus.
Do mesmo modo, Denarium também criou secretarias, institutos e fundações sem a menor necessidade. Muitas delas para fazer o trabalho que outras secretarias já fazem. Seu Antônio também turbinou o orçamento da Ale/RR e de outros poderes, enquanto o servidor público do Executivo se “vira nos trinta” com apenas 11% a mais no contracheque. Dá raiva, confesso.
Lembro-me muito bem. Antes ser eleito, seu Antônio prometeu “enxugar” a folha, mas ela só aumentou com milhares de novos cargos comissionados e secretarias sem finalidade alguma. Isso é fato.
Eleito governador, três anos depois, o mesmo Antônio “inchou” a folha de pagamento em mais de R$ 50 milhões, em detrimento também de centenas de candidatos aprovados em concurso público, que continuam desempregados.
Mas a verdade é que Denarium faz uma grande farra com a máquina pública, usando-a exclusivamente para turbinar sua desesperada campanha de reeleição. De forma explícita, vossa excelência usa dinheiro público para pagar seus cabos eleitorais e correligionários. Tá na cara e só não enxerga quem não quer.
Acomodação de políticos
O governador também usa a máquina pública para acomodar políticos, a maioria já condenados por corrupção, os mesmos que ele prometeu combater em 2018, antes de ser eleito. Denarium levantou a bandeira do combate à corrupção, mas hoje faz justamente o contrário, infelizmente.
Vossa excelência empregou até o filho do deputado federal Hiran Gonçalves, candidato do grupo governista ao Senado. “Hiranzinho” ganha nada menos que R$ 16 mil por mês, na Segad, sem dar um “prego em barra de sabão”. A esposa de Hiran, Gerlane Bacarin, do mesmo modo, também já “mama nas testas” do governo, ganhando mais de R$ 23 mil por mês como titular de uma secretaria que o povo nunca ouviu falar.
Não para por aí
As desavergonhadas indicações políticas não param por aí. Luciano Castro também assumiu uma secretaria, onde lá empregou seu povo, com a finalidade de se eleger e reeleger seu Antônio. Ângela Portela, ex-senadora, também se comprometeu em angariar seus eleitores para votarem em Denarium, com Flamarion, marido de Ângela, na Casa Civil.
Mais recente, o governador paga até a maquiadora de sua esposa, a Simone. A dona está lotada no HGR, mas só pisa lá para assinar a frequência no final do mês. É muita sacanagem com o dinheiro do povo, vou te contar.
Por isso, digo e repito: vossa excelência usa dinheiro público para pagar seus cabos eleitorais. Já fez um grande “curral”. E o que é pior: tudo feito de forma escancarada, debaixo das barbas dos órgãos de controle.
Inadmissível o que está acontecendo em Roraima, que tem um governador, usando e abusando da máquina pública com uma única finalidade: se reeleger, enquanto os servidores do Estado amargam enorme prejuízo com apenas 11% de aumento.
É de lascar.
Álvares dos Anjos – cronista.