Perseguição
O Governo do Estado, que não dá estrutura para os alunos e professores do interior, demitiu o gestor da escola do Manoá. Uma atitude covarde para intimidar as pessoas que denunciam os desmando na Educação. O pior é que quem denunciou a falta de estrutura na escola foram os pais dos alunos. Mas como o governo não conseguiu identificar, demitiu o diretor para intimidar a comunidade. Se a situação está assim agora, imagine se esse desgoverno consegue ser reeleito?
Ameaça
Depois que o Roraima em Tempo publicou a denúncia de pais com vídeo que mostra alunos estudando em um barracão que chove mais dentro que fora, a redação recebeu relatos de que a secretária de Educação e cunhada de Denarium havia ameaçado demitir todo o núcleo gestor da escola. É que, conforme os relatos, ela queria saber de onde partiu a denúncia. Dessa forma, sem sucesso com as ameaças, a secretária demitiu o gestor da unidade. De acordo com moradores da comunidade, o diretor já estava à frente da escola há muitos anos. Além disso, se trata de uma pessoa muito querida na localidade.
Desgoverno
Em suma, a demissão do gestor é uma intimidação para conter novas denúncias. Mas a população não pode se calar. Pois é o silêncio que colabora para que o governo continue sem prestar o devido atendimento aos alunos do interior. Além disso, não se pode deixar uma gestão de ameaças e intimidações se fortalecer.
Nem luz tem
O governo disse que os alunos que aparecem no vídeo estudando em um barracão são do EJA e que deveriam estudar a noite e não durante o dia como mostram as imagens. Pois bem. Ocorre que a escola não tem iluminação a noite. Sendo assim, não tem como os alunos estudarem no escuro. Para não ficar em um breu total, fizeram um bico de luz na parte externa da unidade. Ou seja, a escola tem apenas uma lâmpada funcionando.
Acusações
Em vez de resolver os problemas da escola, o governo foca em perseguir, ameaçar e demitir os funcionários. Além disso, faz acusações contra os pais dos alunos. A Seed afirmou que a Associação de Pais e Mestres está inadimplente. Conforme o governo, isso impede de a escola receber recursos federais para pequenos reparos. Então quer dizer que o Governo do Estado não pode prestar um serviço obrigatório como melhorar a estrutura de uma escola por causa disso? Essa desculpa para não resolver problema é nova em Roraima. Quer dizer que ano passado o governo pagou R$ 6 mil para cada servidor da Educação. Mas não tem dinheiro para reformar uma escola? Não tem dinheiro para construir uma sala a mais para que os alunos não estudem na chuva? Esse governo se resume apenas em ações politiqueiras?
Tá explicado 1
Em dezembro os deputados estaduais aprovaram a criação de cerca de R$ 1.200 cargos comissionados para o governo. Apesar de toda a reprovação da população, os parlamentares foram de encontro com a opinião popular e aprovaram os pedidos de Denarium. Mais que isso. Ao homologarem a leis que criou os cargos, os deputados ainda adicionaram mais 320 comissionados na lista. Ou seja, além de aprovar ainda adicionaram mais cargos. O que deixa claro quem vai se beneficiar disso em ano eleitoral. Não foi à toa que, nos últimos segundos do segundo tempo, Jalser resolveu atirar para todos os lados e passou a lista dos deputados que se beneficiam com cargos comissionados.
Tá explicado 2
Além de aprovar novos cargos comissionados, os deputados também atenderam ao pedido de Denarium para renovar o decreto de calamidade por causa da Covid -19. Essa nova polêmica causou preocupação no Palácio Hélio Campos. O motivo é que, realmente, não havia nenhuma razão para a continuidade do decreto. A pandemia está devidamente controlada. A prefeitura de Boa Vista, cidade que concentra quase 70% da população do estado, até liberou o uso de máscaras em locais abertos. Por outro lado, o governo até fechou o hospital de campanha. Mas só fez isso depois que os deputados aprovaram a renovação do decreto de calamidade. Se fizesse antes, comprovaria ainda mais que não há motivo para calamidade. Pois a Sesau até vai fechar o hospital por falta de paciente. Ou seja, onde está a calamidade que justifique a continuidade do decreto?
Fechando a explicação
Ano passado, depois que Soldado Sampaio assumiu a presidência da Assembleia, Denarium começou a fazer envios milionários de dinheiro extra para o Legislativo. Só de julho até dezembro, o govenador enviou para a ALE-RR, quase R$ 40 milhões de dinheiro acumulado em arrecadação de impostos estaduais. A partir daí, uma série de contratos ‘estranhos’ começaram a ser abertos na Casa Legislativa. Um deles está o de uma empresa de marketing para dar palestras, oficinas e Workshop por R$ 9,5 milhões. A redação recebeu denúncia de que essa empresa, na verdade, é apenas um meio para pagar o marketing da campanha de Denarium.
Mais contratos
A ALE-RR contratou ainda serviço de dedetização por R$ mais de R$ 600 mil. Do mesmo modo, contratou uma empresa do município do Cantá para executar serviços de limpeza por quase R$ 4 milhões. No endereço da firma não tem movimentação alguma. Vizinhos relataram que raramente uma pessoa aparece no local. Agora, por último, a Assembleia abriu processo para contratar uma casa de vinhos para fornecimento de gêneros alimentícios.
Perguntas:
- Até quando o governo vai continuar perseguindo quem denuncia os desmandos na Educação?
- Por que Denarium fechou o Hospital de Campanha só depois da aprovação da renovação do decreto de calamidade?
- Qual o motivo de o governador enviar tanto dinheiro extra para a Assembleia?