MESMO CASSADO E INELEGÍVEL – Mecias é o “Cara” no governo do seu Antônio

O senador tem secretarias, cargos e agora quer indicar a esposa como vice na chapa de Denarium

MESMO CASSADO E INELEGÍVEL – Mecias é o “Cara” no governo do seu Antônio
Senador Mecias de Jesus – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Nunca em sua carreira política, Mecias de Jesus se deu tão bem assim. Eleito senador em 2018, graças a tantas fakes news, Mecias hoje é o que podemos chamar de o “Cara” dentro do governo do seu Antônio.

Entre os três senadores de Roraima, sem sombra de dúvida, ele é o que mais “bamburra” com a máquina pública estadual, restando para Chico e Telmário apenas as sobras, o que cai do banquete palaciano.

A trajetória política do “baixinho” é de dar inveja a muitos “caciques” políticos deste Brasil. Mecias começou no Sul de Roraima, no município de São João do Baliza, seu principal “curral” eleitoral.

Mas em pouco anos, o “baixinho” já era dono de vicinais inteiras, fazendas e até postos de combustíveis. Depois, eleito deputado estadual, comandou a Assembleia Legislativa por duas vezes e passou a operar o “milagre da multiplicação de seus bens”. Logo, virou milionário.

O grande feito de Mecias em todo esse tempo? Apenas a reforma do prédio da Ale/RR. A obra superfaturada rendeu investigações e processos na Justiça. Ali, Mecias, enricou de uma vez por todas, claro, com dinheiro sujo da corrupção política. E o patrimônio do “baixinho” aumentou de forma absurda, da noite para o dia. Eis o “milagre”.

No campo político, Mecias ficou conhecido em Roraima por “parasitar” governos, segundo conveniências. Mas ele, a esposa Darbilene e seu genro logo se envolveram no escândalo dos “gafanhotos” e foram condenados por também “roerem” a folha de pagamento do Estado, na gestão de Neudo Campos.

A Justiça Federal condenou o “baixinho” a restituir quase R$ 2 milhões aos cofres públicos. Ele também teve os direitos políticos suspensos por cinco anos. Mecias responde até hoje processo por improbidade administrativa. Com a condenação, o Senado Federal pode pedir, a qualquer momento, a cassação do mandato de Mecias.

“Pula-pula”

Mecias se deu bem na era Neudo até o último momento, mas assim que percebeu que não era mais conveniente para ele, “pulou fora do barco”, traindo o grupo que o sustentou.

Na gestão seguinte, lá estava ele, de novo, “mamando nas tetas” do governo de Anchieta Júnior. Mas não demorou muito para o “baixinho” pular novamente do barco, no final de 2014. Portanto, mais uma traição, em véspera de eleição, ao grupo que ele fazia parte.

Então, Suely assumiu e, advinha quem estava de prontidão no Palácio Senador Hélio Campos? Ele mesmo, o “baixinho”. Como fez com os outros governadores, Mecias não mudou sua estratégia política: sugou o governo o quanto pode e depois, como já lhe é costume, traiu seu grupo e pulou fora.

Eleito pela fakes news

Depois de uma campanha política suja, em 2018, regada a tantas fake news, Mecias conseguiu se eleger senador e hoje, como já dissemos, é o “Cara” dentro do governo do seu Antônio.

O “baixinho” é voraz feito leão quando se trata de “mamar nas tetas” do governo. Já abocanhou a Sefaz, Seplan, Caer, Codesaima, Rádio Roraima e ainda tem esquemas na Sesau e na Educação, pastas mais ricas do governo.

Na Saúde, por exemplo, uma empresa em nome de um “laranja” de Mecias recebeu no ano passado, do seu Antônio, algumas dezenas de milhões, dinheiro que deveria ser investido no combate ao Corona. Mas graças a Deus que a Federal brecou a patifaria.

Mecias dá as cartas

Hoje, a interferência de Mecias no governo do seu Antônio é enorme. De forma sorrateira, o “baixinho” faz pressão para tomar conta do palanque do governador, em outubro próximo, empurrando o Hiran e tirando o pobre diacho do Telmario do páreo para o Senado.

Contudo, não bastasse todas as benesses que vem recebendo do seu Antônio, Mecias não se contenta e quer mais. Filho e deputado federal, Jhonatan deixou escapar a pretensão de Mecias daqui para frente: quer emplacar a esposa Darbilene como vice de Denarium nas próximas eleições.

A pergunta, então, é: como pode um cara já condenado, cassado e inelegível ter tanta influência no governo?
Vou lhe dar um conselho de amigo, seu Antônio. Tome muito cuidado. Lembre-se que o “baixinho” é acostumado a “parasitar” governos e depois trair seu grupo. Fica a dica.

Álvares dos Anjos – cronista.

Comentários