O velho Antônio de guerra é brasileiro, MESMO, e não desiste nunca. Pois bem. Vossa excelência novamente entrou na Justiça para fazer valer o politiqueiro estado de calamidade pública, em Roraima, por causa da pandemia do Corona, coisa que não existe mais por aqui, é bom deixar claro isso.
Contudo, de olho nas eleições que se avizinham, seu Antônio insiste na maldita calamidade. Vossa excelência quer porque quer continuar recebendo bilhões do governo federal para, assim, turbinar sua famigerada campanha política. Essa é a verdade.
Na quinta-feira passada, antes do feriadão, o governo recorreu da decisão judicial que anulou o indecente decreto de calamidade pública em Roraima por causa do Corona. Denarium pediu novamente ao TJ de Roraima a manutenção do indesado decreto, bem como uma liminar para suspender a decisão anterior até o julgamento final do processo. Desespero.
É bom lembrar que no início de março passado, quando a pandemia já estava controlada no Estado e no Brasil, seu Antônio conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa a continuidade do maldito decreto. Mas um mês depois, o juiz Aluízio Ferreira “cortou e aparou a curica” do Dena e derrubou a indecorosa medida.
É que o “capa preta” entendeu que não havia cenário nacional, nem regional que justificasse a manutenção do politiqueiro decreto. Outra. O próprio governador já havia revogado o decreto estadual que obrigava o uso de máscara. Então…
Mas, na última quinta, dia 13, o governo veio novamente com esse papinho besta pra “boi dormir” e entrou na Justiça com um novo recurso. A defesa de vossa excelência justificou que o STJ já havia outro entendimento em casos semelhantes. Alegou ainda que o Poder Judiciário não poderia interferir nas medidas de combate à pandemia.
A defesa do seu Antônio deixou também bem claro que o decreto permite SIM contratações emergenciais, sem licitações, o que abre os cofres públicos para os “gatunos de plantão” do governo. A Sesau virou alvo de operações federais por desvio de recursos que deveriam ser utilizados no combate ao Corona, é bom lembrar. Parte dessa foi parar até na cueca do senador Chico Rodrigues, lembram?
Acabou, seu Antônio!
A verdade é que seu Antônio já estava acostumado com a montanha de recursos federais que aqui chegavam de Brasília. Tanto é que o governador “guardou” mais de R$ 2 bilhões para “torrar” apenas este ano, de eleição, adotando uma política assistencialista muito parecida com a praticada pelo saudoso Ottomar Pinto.
Contudo, com registros de 30,3 milhões de casos de Covid-19 no Brasil desde o início da pandemia, o País tem visto os números de novos casos, internados e mortos, despencarem desde o início do ano.
Por isso, neste domingo , dia 17, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da emergência sanitária por causa da pandemia no Brasil, pois 73% da população brasileira está com o esquema vacinal completo. Mais de 71 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço.
Em Roraima, a Sesau aponta que 66% da população com 18 anos ou mais já está com o esquema vacinal completo, enquanto o número de adolescentes de 12 a 17 anos vacinados, com duas doses ou dose única, já chega 57%.
Mas mesmo com a queda expressiva nos números da doença e de morte, seu Antônio afirma que a “manutenção do decreto está balizado na decisão do Ministério da Saúde, uma vez que dá abertura aos estados a manterem, se preciso for, os decretos acerca da questão”. Balela, historinha pra “boi dormir” do seu Antônio, como já dissemos.
Só se preocupa com a campanha
Todos sabem que vossa excelência está preocupado apenas com a grana federal para turbinar sua desesperada campanha eleitoral, pois no auge da pandemia, o governador pouco se preocupou com a saúde e a vida de nosso povo. Quem precisou de atendimento no HGR sabe muito bem do que estou falando.
Muitos, infelizmente, deram entrada no hospital e saíram de lá enrolados em lonas pretas, mortinhos da “Silva”. E olha que seu Antônio, à época, já contabilizava bilhões em caixa.
Outra contradição de vossa excelência. Como é que o governador insiste em manter o decreto de calamidade, mas libera o uso de máscaras e desativa o Hospital de Campanha, dedicado exclusivamente para atender pacientes com Corona? Não dá para entender, sinceramente. Vossa excelência brinca com nossa inteligência, só pode.
A pura verdade é que o indecente decreto de calamidade só tinha mesmo cunho eleitoreiro. Alguém ainda duvida? Se Denarium realmente se importasse com nosso povo, muita gente não teria morrido sem atendimento médico nos hospitais do Estado. Dinheiro tinha e tem, mas, como bem disse vossa excelência, falta gestão. E como falta.
Álvares dos Anjos – cronista.