O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBM-RR) registrou um aumento de 32% no número de ocorrências relacionadas a captura de animais em Roraima. A instituição comparou o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado.
A corporação classifica este tipo de ocorrência em quatro tipos: animais domésticos, os silvestres, ofídios peçonhentos, bem como ofídios não peçonhentos.
De acordo com os dados o CBM-RR já realizou a captura de 190 animais em 2022. Sendo assim 58 animais silvestres (jacarés, tamanduás, porcos-espinho, pássaros, e outros), 58 domésticos (cães e gatos), 70 ofídios não peçonhentos e 4 ofídios peçonhentos.
Nesse sentido, no mesmo período de 2021, a corporação registrou a captura de 144 bichos. Destes, 48 foram animais silvestres, 44 domésticos, 49 ofídios não peçonhentos, enquanto 3 eram peçonhentos.
Conforme o capitão Wenderson Carlo, comandante da Companhia de Busca e Salvamento, esse aumento se deve, em sua maioria, ao avanço das zonas urbanas dos municípios.
“As zonas urbanas dos municípios de Roraima estão avançadas em áreas antes não exploradas. Locais próximos a rios, lagos e igarapés são utilizados como abrigo pelos animais. Quando a população habita a área, os animais tendem a sair e é preciso a atuação das nossas equipes”, explicou.
Além da expansão da ocupação humana, as chuvas registradas em fevereiro e março contribuíram para o aumento do número de ocorrências.
“Com as chuvas e o consequente aumento do nível dos rios, as áreas ocupadas pelos animais são alagadas e os mesmos saem em busca de abrigo quente e seco que, normalmente, são as casas dos moradores”, disse o capitão.
Anos anteriores
Os números registrados em 2022 também são maiores que os registrados em 2020 e 2019. Em 2020, o CBM-RR realizou a captura de 100 animais no primeiro trimestre. Por outro lado, em 2019, o órgão registrou 67 capturas no mesmo período.
“Percebemos uma elevação gradativa nos últimos 4 anos do número de ocorrências relacionadas à captura de animais, principalmente as relacionadas a ofídios não peçonhentos. Estas ocorrências sofreram um aumento de 268% entre 2019 e 2022, subindo de 19 para 70 atendimentos”, destacou.
Orientação
O Corpo de Bombeiros orienta a população a entrar em contato assim que avistar um animal silvestre, ofídio ou não, nas zonas urbanas. É importante manter distância do animal, sem perder o contato visual com ele.
Além disso, outra orientação é afastar os animais domésticos, crianças, idosos ou pessoas com dificuldade de locomoção.
“Os animais silvestres atacam quando se sentem ameaçados ou quando estão em busca de alimentos. Manter distância e entrar em contato com o 193 é essencial para a segurança da população e do próprio animal”, destacou o capitão.
Já com os animais domésticos, a corporação orienta que os tutores tenham atenção com os locais onde o animal habita.
“O maior número de ocorrências com animais domésticos é relacionada a gatos em locais altos. Geralmente esses animais sobem quando se sentem ameaçados por estranhos ou por cães. Nestes casos, é importante retirar a ameaça da zona de visão do felino. Caso o mesmo não desça por conta própria, basta entrar em contato conosco que iremos direcionar uma equipe para resgate do animal”, informou.
Fonte: Da Redação