Mesmo com os milhões enviados todos os anos para a saúde indígena de Roraima, os Distritos de Saúde DSEI Leste e DSEI Yanomami estão devendo quase R$1 milhão em aluguéis de prédios em Boa Vista.
A redação do Roraima em Tempo recebeu a informação nesta terça-feira (07). Uma empresária, que informou que mesmo cobrando dos coordenadores, as dívidas seguem sem pagamento há meses.
No DSEI Leste, a dívida ultrapassa os R$ 300 mil. O coordenador retirou toda estrutura localizada no bairro dos Estados para alugar outro local sem comunicar o locatário. Além disso, ele deixou o prédio em péssimas condições.
No DSEI Yanomami a pendência chega a R$ 500 mil. Nesse local, no centro de Boa Vista, o aluguel atrasado já soma sete meses.
Durante a pandemia, o Distrito Yanomami recebeu o Governo Federal mais de R$ 113 milhões para ampliar ações de saúde, saneamento, bem como recursos humanos. Da mesma forma, o DSEI Leste também recebeu repasses significativos para arcar com a saúde dos indígenas.
“Sabemos que o Governo Federal não deixa de mandar dinheiro para o atendimento aos indígenas. Procuramos respostas mas nunca nos informam com precisão. A dívida cresce a cada mês e precisamos de uma resposta da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e do Governo Federal”, cobrou a empresária que não quis se identificar.
Ingerência política nos DSEI Leste e Yanomami
O coordenador do DSEI Leste, Márcio Sidney Souza Cavalcante, é indicado do deputado federal Ottaci Nascimento (SD), assim como do senador Chico Rodrigues (DEM).
Por outro lado, o DSEI Yanomami tem como coordenador o ex-vereador de Mucajaí Ramsés Almeida da Silva, indicado do senador Mecias de Jesus (Republicanos).
Outro lado
A redação procurou os dois coordenadores através de ligação, mas não conseguiu contato.
Da Redação