A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (17), o retorno das coligações partidárias nas eleições de 2022. Agora, o texto seguirá para o Senado.
Na primeiro turno, a proposta obteve 339 votos a favor, enquanto 123 foram contra e cinco abstenções. Na votação de hoje, o texto acabou aprovado por 485 votos favoráveis, 135 contrários e três se abstiveram de votar.
A proposta foi apoiada por partidos do “Centrão”, sobretudo o Progressistas (PP), do presidente da Câmara, Arthur Lira.
Possível derrota das coligações no Senado
O texto segue agora para o Senado, onde deve encontrar resistência. No entanto, algumas lideranças já preveem a rejeição do retorno das coligações.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já declarou ser contrário a medida, a qual tem classificado como “retrocesso”.
“Vejo uma tendência, no Senado, de estabelecer que as eleições de 2022 tenham que se dar com as mesmas regras que foram impostas na reforma de 2017 [sem coligações partidárias]”, disse.
O modelo em vigor permite que siglas possam se unir de forma livre, ajudando as legendas na distribuição de cadeiras no Legislativo.
Além disso, ele também impede a formação de “partidos de aluguel” e de partidos menores ou sem representatividade, além de ajudar a distribuir o tempo de campanha da propaganda eleitoral entre as legendas.
Por fim, caso o Senado aprove, a medida entra em vigor sem a necessidade de aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Fonte: UOL Notícias