O comandante da Polícia Militar de Roraima, coronel Francisco Xavier, pediu documentos sigilosos anexados no processo do Caso Romano dos Anjos. Mas, além dele, os policiais militares que se tornaram réus no crime, também estão pedindo acesso aos depoimentos e provas anexados.
Essa é mais uma estratégia para retardar o processo que está na Justiça de Roraima há mais de um ano. Na semana passada, alguns dos acusados do sequestro e tortura do jornalista já haviam solicitado a inserção de 44 testemunhas. No entanto, com os novos pedidos dessa semana, o número poderá passar de 50 pessoas.
Como resultado, parece que a meta do comandante da PM e das defesas dos réus é ganhar tempo. Além disso, querem também tirar o crédito da Polícia Civil e do MP de Roraima que trabalharam durante muitos meses ouvindo testemunhas e colhendo provas para oferecer a denúncia.
Nesse sentido, na linha de defesa dos acusados, a meta principal é convencer a Justiça pela soltura dos policiais. E, do mesmo modo, a do ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Assim, eles esperam enfraquecer as investigações, o que beneficiaria os clientes que poderiam responder pelos crimes em liberdade até a marcação dos julgamentos.
Dos 11 acusados, nove estão presos e dois livres. O ex-presidente da ALE-RR Jalser Renier, assim como o policial militar Bruno Inforzato foram soltos. Assim, eles já respondem pelos crimes em liberdade. Os demais continuam detidos tentando a liberdade a todo custo.
Continuam detidos:
- Coronel Moisés Granjeiro de Carvalho
- Coronel Natanael Felipe de Oliveira Júnior
- Tenente Coronel Paulo Cezar de Lima Gomes
- Major Vilson Carlos Pereira de Araújo
- Sub. Ten. Clóvis Romero Magalhães Souza
- Sub. Ten. Nadson José Carvalho Nunes
- Sargento Gregory Brashe Júnior
- Soldado Thiago de Oliveira Cavalcante
- e o ex-servidor Luciano Benedicto Valério
Da Redação