Nas semanas que antecedem as eleições, muitas pessoas experimentam um sentimento negativo como: sufocamento, falta de ar, angústia, insônia, aperto no peito, ansiedade, medo, pânico, paralisia e desesperança.
Acredita-se que com as facilidades da internet, as pessoas passaram a ter mais acesso as informações em tempo real, onde acabam se envolvendo em debates muitas vezes agressivos, o que afeta o psicológico de alguns. O psicológico fica abalado e essa tensão tem reflexos no corpo.
Nas redes sociais os relatos de pessoas passando por perturbações psicológicas se avolumam, tendo como maiores vítimas as do sexo feminino, assim como, as que se definem dentro da categoria LGBT. Também pessoas negras e as com pouco acesso a informação, e isso, vem afetando as relações profissionais e as familiares.
Os relatos dessa sensação de angústia têm aumentado nas consultas ultimamente, porém, na maioria dos casos os(as) pacientes desconhecem a motivação. É um novo desafio que tem chegado ao consultório e, a fonte são os ataques que acontecem na internet com toda essa polarização causada pela política.
A instabilidade institucional causada principalmente por algumas decisões do judiciário com relação a atos do governo, têm levado a uma intranquilidade na mente das pessoas e, como resultado, advém as incertezas, medo, angústia, estresse, ansiedade e outros sentimentos negativos.
Por outro lado, em algumas pessoas pode ocorrer de que tais estímulos negativos, fortaleçam outras formas de reações positivas, como por exemplo, transformar esse medo em algo positivo, criando uma espécie de armadura mental de autodefesa, o que as deixa fortalecidas, no entanto, isso ocorre em um pequeno grupo.
Essas pessoas tem a capacidade de diante da pressão psicológica, fazer com que a mente use de artifícios para tentar minimizar tais sentimentos negativos.
O Mestre em Psicologia Lucas Veiga, afirma que ”independentemente do resultado das eleições, os efeitos do clima que tomou conta do país, serão prolongados e continuarão a debilitar pessoas”.
Ainda, continua Lucas Veiga, que “as crises de ansiedade e humor deprimido são algumas das respostas do psiquismo a essa atmosfera de violência”, se referindo aos ataques que os embates políticos têm trazido a tona.
E esses problemas psicológicos não são específicos de um grupo ideológico (esquerda e/ou direita), posto que, em ambos os lados, existem pessoas sensíveis. Esse embate político entre apoiadores dos candidatos, têm levado ao desencadeamento dessas reações negativas em muitas pessoas, o que afeta sem sombras de dúvidas, a qualidade de vida.
Para não ser afetado por essa violência, busque participar de grupos onde há o respeito as posições antagônicas, fugindo daqueles onde as agressões são gratuitas.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-113