Casa da Mulher Brasileira
O Estado ganhou a Casa da Mulher Brasileira (CMB) em 2018. A CMB foi a principal ação do Programa Mulher, Viver sem Violência, desenvolvido pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), por meio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM). O projeto foi da época do então presidente Michel Temer. Dessa forma, o Governo Federal liberou R$ 10 milhões para a construção do prédio que fica no São Vicente. Em seguida, mais R$ 8 milhões de convênio com o Governo do Estado. A Casa reúne Juizado Especial, Núcleo Especializado da Promotoria, Núcleo Especializado da Defensoria Pública, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, alojamento de passagem, brinquedoteca, apoio psicossocial, bem como capacitação para a sua autonomia econômica.
Agora explico:
Mas porque toda essa explicação? É que o Governo Federal liberou todo esse dinheiro, desenvolveu o projeto e entregou a CMB de mãos beijadas ao Governo. A atual gestão só pegou a obra pronta para tocar o projeto. E, mesmo assim, Roraima nunca saiu do pódio da violência doméstica. Por aqui não se vê um projeto para redução desse tipo de violência. Nem mesmo se ouve falar na CMB. Pelo menos, o Governo não apresenta nada disso. Os dados são apenas negativos. O número de medidas protetivas em casos de violência contra a mulher, por exemplo, cresceu em 32,24% em Roraima no 1º trimestre desse ano, comparado ao mesmo período de 2021. Precisa dizer mais alguma coisa?
Abandono
Outra área que está abandonada em Roraima é a social. Ninguém pode negar que a Shéridan desenvolveu e executou um grande projeto chamado Viva Comunidade. Ele mudou a vida de muitas pessoas esquecidas pela sociedade. Mas infelizmente, praticamente acabou. O Roraima em Tempo já recebeu várias denúncias de falta de especialistas para atender os pacientes. Também falta ônibus para buscá-los e deixá-los em casa. E até mesmo pessoal para limpeza estava faltando na unidade. Sem falar na reforma do prédio que começou e ninguém nem se quer sabe se terminou.
Não sabe receber crítica
Hiran Gonçalves, candidato ao Senado, processou um senhor por ele ter falado algumas coisas contra ele. Explico: O home ficou chateado porque não conseguiu ser candidato. Conforme ele, por culpa de Hiran, que é presidente do partido. Dessa forma, o senhor chamou Hiran de covarde. Assim, chateado, Gonçalves foi lá e processou o homem. Mas o juiz logo ignorou o caso, pois não tinha argumento suficiente para dar andamento. Agora pronto! Hiran faz a campanha dele toda atacando o principal adversário que é Romero Jucá. E não quer receber se quer uma crítica.
Falando nisso…
Para quem observou, Hiran não apresenta propostas eficientes em suas propagandas. Ele usa a maior parte do tempo para falar mal de Jucá. Inclusive, nesta quarta-feira (7), ele apareceu mostrando um projeto de fibra ótica para Roraima, como se fosse projeto dele. O que, na verdade, é um projeto do Governo Federal que visa levar fibra ótica aos municípios de Norte através de cabos subfluviais pelos rios da Amazônia.
Violência doméstica
Para quem não sabe, Roraima tem a maior taxa de homicídios de mulheres do país. Em 2021 o Estado registrou 8,3 homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes em 2021. Do mesmo modo, Roraima também tem a lamentável segunda maior taxa de violência doméstica. Esses dados são do Fórum Anual de Segurança Pública. O evento reúne especialistas e apresenta dados sobre violência no país. É uma pena que Roraima só se destaque a nível nacional quando se trata de dados negativos.
Perguntas:
- Por que a Casa da Mulher Brasileira não serviu para reduzir os índices de violência contra a mulher em Roraima?
- Por que o Governo praticamente abandonou a área social e só sabe entregar cesta básica?