Especialistas já comprovaram que “o suicídio é o resultado de uma convergência de fatores de risco genéticos, psicológicos, sociais e culturais e outros. Às vezes, combinados com experiências de trauma e perda” (fonte: site saude.gov.br).
Não há um grupo específico que busca cometer o suicídio. Porém, as causas que as levam a dar cabo da própria vida são únicas, complexas e multifacetadas. E é exatamente essa heterogeneidade, que se torna o maior desafio para os especialistas em prevenção ao suicídio. No entanto, se tenta superar tais desafios utilizando uma abordagem multinível e coesa para a prevenção.
Os dados são alarmantes. A cada ano, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte no mundo, acometendo pessoas de todas as idades. Segundo dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é responsável por mais de 800.000 mortes por ano no mundo. No entanto, os danos emocionais causados pelo ato suicida, afeta algo em torno de 108 milhões de pessoas por ano. Posto que, para cada suicida, há uma família e amigos que sofrem com a perda do ente querido.
Outro dado que assusta é o de que para cada pessoa que comete o suicídio, 25 outras pessoas fazem uma tentativa. Nesses dados, não estão computadas aquelas pessoas que têm pensamentos em cometer suicídio.
Prevenção
A questão da prevenção do suicídio não deve se limitar aos órgãos de saúde pública, mas um engajamento de todos. Ou seja, da família, amigos, colegas de trabalho, comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde e governos em todos os níveis. Pois o esforço irá requerer estratégias integradas que envolverão o trabalho individual da família, amigos e colegas, assim como dos sistemas governamentais e da comunidade.
Estudos demonstram que os esforços de prevenção ao suicídio são mais efetivos quando abrangem os vários níveis da estrutura social e incorporam vários tipos de intervenções, as quais devem ocorrer nas comunidades, envolvendo também, as reformas sociais e políticas, visando alcançar o objetivo comum de prevenção ao comportamento suicida.
Depressão
A depressão está intimamente relacionada aos casos de suicídio. Portanto, a família e amigos, principalmente, devem ficar atentos para os seguintes sintomas: tristeza profunda; distúrbios do sono; pensamentos negativos; desinteresse e apatia; baixa autoestima; desleixo com a aparência; dores físicas; rejeição; irritabilidade; choro frequente; falta de vontade de fazer atividades simples; mudanças comportamentais bruscas; rejeição a determinados assuntos.
Também acender o “sinal vermelho” diante dos seguintes sintomas, posto que, fatalmente são indícios de que a pessoa está prestes a cometer o ato de suicídio: desesperança; raiva; descontrole; desejo de vingança; agir de forma imprudente ou se envolver em atividades de risco, aparentemente sem pensar; sentir-se preso, como se não houvesse saída; aumento do uso de álcool ou drogas; afastar-se de amigos, família e sociedade; ansiedade, agitação, incapacidade de dormir ou dormir o tempo todo; mudanças drásticas de humor; ameaçando se machucar ou se matar ou falando em querer morrer; procurando maneiras de se matar, em busca de armas ou outros itens letais; falando ou escrevendo sobre morte ou suicídio.
Por fim, coloque em prática essas etapas que se usadas, podem salvar vidas: saiba reconhecer os sinais; saiba como ajudar; faça do bem-estar mental uma prioridade em sua vida; saiba que existe ajuda e que a recuperação é possível.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-113