O programa social Família que Acolhe (FQA) completou 9 anos de existência. A iniciativa realiza o acompanhamento de crianças da capital, desde a gestação até os seis anos de idade. A Prefeitura de Boa Vista (PMBV) promoveu um evento para comemorar a data nesta sexta-feira (23), na sede do programa.
Conforme o prefeito Arthur Henrique (MDB), o Família que Acolhe é um programa pioneiro no Brasil e no mundo.
“Boa Vista tem uma lei implantada que institui um programa de desenvolvimento às crianças de forma integral desde 2013. Foi um programa idealizado pela ex-prefeita Teresa Surita, que realmente trabalha a criança da gestação aos 6 anos de vida”, disse.
A secretária municipal de projetos especiais, Andréia Neres, explicou que o objetivo do programa é dar suporte na saúde, educação e no social de crianças de até seis anos.
“Essa é uma fase muito importante, que são os seis primeiros anos de vida, por que é nesse período, que o todo o seu desenvolvimento pleno acontece. É por isso que a gente precisa ter essa atenção especial a essas crianças nessa fase de vida”, disse.
O evento contou com espaços lúdicos, além de palestra, apresentações musicais, momentos de descontração, bem como um lanche especial para os pequenos.
Mãe de primeira viagem
Uma das beneficiadas do programa é a Isadora Santiago, mãe de primeira viagem da pequena Clarice Santiago, de 11 meses. Ela afirmou que participa do Família que Acolhe desde a gestação da filha.
“O programa me ajudou muito, naquele primeiro momento. Até então aquele mundo era desconhecido para mim, mas participando das palestras, eu fui aprendendo muito, desde o desenvolvimento do neném na nossa barriga, até o nascimento”, relatou.
Da mesma forma, ela disse que o programa a tem ajudado em todos os sentidos na criação de sua filha.
“Tem me ajudado muito na criação dela, no desenvolvimento, na coordenação motora […] Mês que vem ela vai fazer um ano, e vai começar a receber o leite. Eu tenho esperança também de conseguir uma vaga na casa mãe, por que eu preciso trabalhar o dia todo. Tenho plena confiança em deixar minha filha lá, por que sei que são pessoas capacitadas”, comentou.
Bebê prefeito
Além disso, foi realizada a 2ª Edição do “Bebê Prefeito”. A iniciativa proposta pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) escolhe uma criança que cumpra alguns requisitos para representar a atividade.
Dessa forma, a criança escolhida este ano foi pequeno João Henry Lima, de 10 meses. Assim, ele recebeu, de maneira simbólica, a chave da cidade pelo prefeito Arthur Henrique.
Para a mãe, Karen Mayara Gomes, de 34 anos, a escolha do título para o filho é o motivo de muito orgulho.
“É uma gratidão muito grande! Representar as outras mãezinhas é muito bom, por que o projeto beneficia as crianças. Tudo que a gente precisa para eles a gente consegue”, disse.
Papel dos pais
Por fim, Luciano Ramos, do Instituto Promundo, no Rio de Janeiro, realizou uma palestra sobre a participação dos pais na gestação e na criação dos filhos.
“A ideia é incentivar os pais para que exerçam uma paternidade participativa. Que estejam ativamente no desenvolvimento da criança pequena, e para que eles entendam o quanto uma paternidade participativa contribui diretamente para que as crianças se desenvolvam melhor”, explicou Luciano.
Por Gabriel Cavalcante