Alfabetização em Braille: crianças com deficiência visual aprendem a ler e escrever por meio de projetos de inclusão em escolas de Boa Vista

Seis escolas da capital trabalham com o método que promove uma educação inclusiva

Alfabetização em Braille: crianças com deficiência visual aprendem a ler e escrever por meio de projetos de inclusão em escolas de Boa Vista
Por meio do projeto, foram desenvolvidas oficinas/Foto: Divulgação PMBV

Já imaginou como é a alfabetização de uma criança com deficiência visual? É por meio do Sistema Braille de Ensino que elas têm acesso à leitura e escrita tátil em todo o mundo.

Em Boa Vista, este método de ensino entrou na rede municipal em 2018. Assim, há seis escolas trabalham com esse sistema, promovendo de maneira idêntica, uma educação cada vez mais inclusiva.

Assim, o sistema não só ensina a criança com deficiência visual, como também promove a inclusão com outros alunos durante a alfabetização.

Logo, a criança conta com um professor de Braille na sala de aula e ainda tem o apoio pedagógico das Salas de Recurso Multifuncional.

As escolas que hoje desenvolvem o Sistema Braille de Ensino são; a Centenário de Boa Vista, Arco íris, Escola do Campo Leila Maria da Silveira, Luiz Canará, Ioládio Batista, Cunhatã Curumim e Raio de Sol. Todas estas unidades desenvolvem iniciativas dignas de reconhecimento.

Veja alguns  exemplos de projetos desenvolvidos por profissionais da alfabetização Especial do município. 


Braille na escola

A Escola Municipal Centenário de Boa Vista é referência em inclusão. Desde a chegada de duas alunas deficientes visuais – a Lara Bianca, do 1º Ano, e a Sophia Lopes, do 3º Ano, a professora Tatielle Moreira e toda a escola se uniram para desenvolverem o projeto “Braille na Escola”.

O objetivo é disseminar o Braille e o atendimento da pessoa com deficiência. Com o retorno das aulas presenciais nos preparamos para receber elas, o município implantou o piso tátil na escola, adquirimos a máquina e a impressora braille, alguns jogos pedagógicos e livros em braille”, disse Taise Campos, da SRM.

Por meio do projeto, foram desenvolvidas oficinas. Assim, teve atividades de escrita e leitura com as turmas do 1º ao 5º Ano. Alunos participaram do Concurso “Saberes e Fazeres Inclusivos da Escola Centenário – Edição Braille”, com direito a premiação dos vencedores e entrega de certificados em Braille.

Interação


O objetivo é então promover uma maior interação da Lara e Sophia na sala de aula e nos ambientes de convivência. Foi também confeccionado um tapete sensorial como um recurso pedagógico que ajuda no desenvolvimento tátil das alunas.

Nesse sentido, a escola conta com material adaptado para o ensino, acessibilidade com piso tátil e identificação das salas em Braille.

“Braille em todo lugar”

Este outro projeto é desenvolvido pela professora, Evânia Pereira, que atende crianças com deficiência visual em duas escolas municipais, a Arco-íris e Ioládio Batista.

Sua vida profissional é dedicada aos seus alunos Nicolas David e Helena Godói, 7 anos. A principio, o projeto surgiu para promover a integração destas crianças e levar o braille para a realidade de outras pessoas.

Contudo, Evânia também é autora de um livro em braille “O desejo de Sofia”, uma ideia que surgiu para que as demais crianças da turma conheçam o universo das alunas.

Como resultado, hoje todos têm um contato próximo com o livro adaptado para criança com deficiência visual. Eles então levam para casa e desfrutam de leitura com a família.

“Com esse projeto divulgamos o braille, trazemos a comunidade escolar para conhecer também. Cada criança tem sua necessidade individual então a maneira que eu trabalho com a Helena, que tem resíduo visual, não é a mesma do Nícolas. […] Isso é inclusão e faz muito bem para os dois”, disse.

Fonte: Da Redação

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