Outubro é o mês dedicado a campanha com foco na prevenção e cuidados com o câncer de mama. A campanha objetiva conscientizar as mulheres e divulgar informações de como prevenir e tratar esse tipo de câncer. Chamada de Outubro Rosa, acontece praticamente em todos os países do mundo.
Pesquisas revelam que o câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelas mulheres, visto que, sua frequência é alta, afetando a vida da paciente de todas as formas, indo dos efeitos psicológicos, sexualidade, imagem física da mulher, baixando a autoestima, culminando com o diagnóstico e tratamento que a paciente irá enfrentar, assim como toda a família, o que gera angústia, sofrimento, medo e ansiedade. Também surge uma série de preocupações para a paciente, como o medo de ser estigmatizada, a probabilidade de disseminação do câncer pelo corpo, a queda do cabelo devido a quimioterapia, o relacionamento com o cônjuge, os filhos, amigos e familiares.
Por isso é importante o apoio da família e dos amigos, ainda que a doença em si afete apenas a paciente, ela não precisa lutar sozinha, tendo que enfrentar seus medos, angústias, incertezas, enfim, todos os efeitos psicológicos trazidos pela doença. E em caso de as pessoas que convivem com a paciente, não souberem como lidar com a situação, devem procurar ajuda de especialistas, os quais darão um norte para que esse apoio se efetive da melhor forma possível e traga para a pessoa doente, apoio, carinho e conforto.
No entanto, jamais se deve descartar a psicoterapia com os profissionais da Psicologia no tratamento da mulher com câncer de mama. A função do Psicólogo é de suma importância nesse momento do tratamento, posto que, com a sua intervenção, irá melhorar significativamente o bem-estar psicológico da paciente, que é fundamental para reagir positivamente diante da doença, onde trará também, benefícios ao imunológico para que o tratamento seja otimizado. Ainda, o Psicólogo abordará como a paciente pode se prevenir e mesmo, reduzir os sintomas emocionais e físicos causados pelo câncer de mama e seus tratamentos, levando a paciente a compreender o significado da experiência do adoecer, assim ressignificando esse processo.
Um erro grave que algumas pacientes cometem é o de procurar ajuda da “doutora internet”. A internet tem um amplo material sobre praticamente tudo, porém, a maioria carece de fundamentação científica, o que acaba desinformando e fazendo com que a paciente perca tempo, complicando ainda mais o quadro do câncer de mama e de seus efeitos no psicológico. Sem falar nas muitas falsas informações que circulam nesse meio. Outro erro comum cometido pela paciente, acontece logo após o diagnóstico, que é de guardar o sentimento consigo, não desabafando com algum familiar ou amiga de confiança. Não falar do problema, não vai fazê-lo desaparecer. Mais um erro cometido é o de negar a doença. Quanto mais rápido iniciar o tratamento, maiores são as chances de cura.
Dependendo do tipo de tratamento, este poderá afetar o psicológico da paciente. Como por exemplo a cirurgia para retirada de parte da mama ou a mama inteira, a quimioterapia pode derrubar os cabelos, sobrancelhas, cílios e os demais pelos do corpo, a radioterapia, pode alterar a cor da pele da mama, além de causar uma redução no tamanho desta, o que fatalmente levará a crises de angústia, depressão, ansiedade, baixa autoestima, medo, sensibilidade emocional e outros sentimentos negativos.
Isso acontece porque os efeitos colaterais, ocorrem alterando os “símbolos” que a sociedade considera como sendo da feminilidade. A paciente pode ter a autoimagem prejudicada e, por consequência, o autoconceito é criticamente afetado, motivo pelo qual precisará de acompanhamento psicológico.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-113