Uma denúncia anônima enviada ao Roraima em Tempo revelou que um médico do Hospital Geral de Roraima (HGR) recebeu R$ 415.301,82 este mês de outubro.
Conforme o relato, além de clínico-geral no HGR, o homem é capitão da Polícia Militar de Roraima (PMRR). Ele trabalha no Serviço de Assistência Social (SAS-PM). Assim, segundo a denúncia, ele acumula indevidamente as duas funções no Governo de Roraima.
Contudo, ocorre que, a maior parte do seu salário, diz respeito a plantões extras de cirurgias eletivas. E, ainda assim, ele recebe como policial militar.
De acordo com o contracheque, como médico, ele recebeu esse mês R$ 397.682,48. Mais de R$ 350 mil corresponde a plantões extras.
Além disso, pelo quadro efetivo da PMRR, ele tem o salário mensal de R$ 14.234,21. E ainda recebe R$ 2.135,13 de função gratificada, R$ 750 de indenização de risco de vida, bem como R$ 500 de auxílio alimentação. Dessa forma, a remuneração de militar total chega a R$ 17.619,34.
Por conta do acúmulo de funções, o médico deixa pacientes esperando. O que causa demora no atendimento, segundo o denunciante.
“Meu amigo, tenho uma coisa pra falar. Esse médico da policia militar só enrola. Vive chegando atrasado, atende mal, deixa o povo na junta esperando mais de hora, porque fica em vários lugares ao mesmo tempo. E tá circulando em todos os grupos que ele tem 3 vínculos de carreira”.
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Escala de plantões
O Roraima em Tempo teve acesso exclusivo à escala de plantão dos médicos do SAS-PM. Conforme o documento, o capitão ficou de sobreaviso por sete dias do mês de outubro.
Ainda de acordo com o documento, a escala tem como objetivo o atendimento de situações de emergência com policiais militares.
Fila de cirurgia na Unacon
Outro denúncia é sobre as cirurgias oncológicas no HGR. Segundo o denunciante, elas não estão ocorrendo. E, como resultado, a fila está aumentando.
Além disso, os médicos especialistas da unidade tiveram corte nos salários esses mês de setembro. Isso nos salários de cargo efetivo.
O outro lado
A reportagem procurou o Governo de Roraima e deixou o espaço aberto para esclarecimentos. No entanto, até a publicação dessa matéria, não houve resposta.
Fonte: Da Redação