A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou no dia 6 de dezembro 14 homens que trabalhavam em um pedreira, localizada em São João da Baliza, em condições análogas à escravidão.
O trabalho análogo ao escravo e o tráfico de pessoas são modalidades criminosas que compõem o rol de violações aos Direitos Humanos combatidas pela PRF, especialmente através do Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra os Direitos Humanos (GECDH).
Durante a operação, as equipes de auditores e policiais se dirigiram até o município de São João da Baliza, localizada na BR 210, sul do estado, para verificar denúncia de possível submissão à condição de trabalho escravo, em uma mineradora clandestina situada na vicinal 29 do município.
No local foram encontrados os homens que trabalhavam informalmente, sem garantias trabalhistas e previdenciárias, sem salário fixo, recebendo por produção, sem uso de nenhum tipo de Equipamento de Proteção individual (EPI).
Alguns dos trabalhadores eram de um estado da região nordeste, e vieram para trabalhar na pedreira. No local, moravam em barraca de lona, sem paredes e piso de chão, sem água tratada, sem banheiros, alimentação precária, e tinham que pagar mensalmente pela alimentação e outros materiais, além de serem responsáveis por providenciar suas ferramentas de trabalho.
No local também foram encontrados explosivos e oito pássaros silvestres mantidos engaiolados sem autorização do órgão ambiental competente.
Foram tomadas as medidas cabíveis pelos Auditores e feito um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta.
Fonte: Da Redação