Caer aumenta a conta de água, mas não arruma os esgotos estourados pela cidade

Esgoto em uma rua do Senador Hélio Campos está estourado há mais de 4 meses e a Caer não resolve o problema

Caer aumenta a conta de água, mas não arruma os esgotos estourados pela cidade
Esgoto estourado no bairro Senador Hélio Campos/Foto: Reprodução

Caer

Uma moradora do bairro Senador Hélio Campos voltou a reclamar de um esgoto estourado há mais de 4 meses na rua Raimundo Rodrigues Coelho. Durante todo esse período, foram diversos contatos falhos com a estatal, que até hoje nunca apareceu no local para reparar o problema. Por conta disso, a proprietária de um restaurante está tendo prejuízos, porque ninguém aguenta o mal cheiro que o esgoto estourado causa no lugar. Conforme a denunciante, nem lugar tem para estacionar veículos. E parece que nem denunciar para a imprensa resolve mais. Esta redação, das duas vezes que recebeu a reclamação desta moradora, tentou contato com a Caer, mas não obteve resposta.

Descaso

A Gleyciane do Nascimento é gestante de gêmeas e relatou a esta redação que aguarda Tratamento Fora de Domicílio (TFD) após uma das bebês ser diagnosticada com hidropsia, que é o acúmulo anormal de líquido em dois ou mais compartimentos fetais. Contudo, por razões burocráticas, Gleyciane aguarda há mais de um mês, o tempo é um fator importante para salvar a vida da criança. Ela está grávida há quase 6 meses e havia sido internada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth com quadro de pressão alta. Após consulta com especialista, foi diagnosticada com com Sindrome de Transfusão Feto-Fetal estágio IV, e agora precisa de uma cirurgia que não é feita no estado. A síndrome ocorre quando um dos bebês recebe mais sangue que o outro. A cirurgia ajuda a equilibrar o fluxo de sangue. Caso o procedimento demore muita a ser feito, pode ocorrer a morte da criança.

DPE-RR

Gleyciane chegou a procurar a Defensoria Pública, que deu um prazo de 48h para a Sesau se manifestar, o que não ocorreu. Diante da demora, a Defesoria ingressou com a demanda judicial contra o Estado de Roraima. Agora, o processo tramita perante o juizado Fazendário da comarca de Boa Vista e foi despachado pelo magistrado, determinando a remessa ao Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NATJUS) para elaboração de nota técnica sobre o caso, bem como determinando a intimação da pasta para se manifestar, assinalando o prazo de 72 horas concomitantes para ambos. Já a Sesau disse que aguarda retorno da Regulação do Ministério da Saúde quanto a disponibilidade de vaga. Na manhã de hoje a Defensoria informou que a Sesau já notificou que conseguiu o tratamento para Gleyciane e as passagens devem providenciadas para sábado (21).

Sem comida

A falta de alimentação para presos na Delegacia de Pacaraima virou alvo de investigação. O Ministério Público de Roraima vai apurar a falta de fornecimento de alimentação por parte do Governo de Roraima para detidos preventivamente no local. O órgão já apura o caso desde 2021. Dessa forma, o MPRR já busca saber se procedem as informações de que presos em flagrante e/ou detidos ficaram sem receber alimentação na delegacia. Esta redação procurou o Governo para pronunciamento, mas não obteve resposta.

Liberdade limitada

A empresária de Roraima, Regina Aparecida Silva, foi liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após ter sido presa suspeita de participação no atos terroristas que ocorreram no último dia 8 de janeiro. Ela é ex-candidata a suplente nas eleições de 2022 do então candidato ao Senado, juiz Hélder Girão. Regina está na lista de decisão do STF de concessão de liberdade provisória a 220 pessoas mediante a algumas medidas cautelares. Entre elas: proibição de ausentar-se da comarca, recolhimento domiciliar no período noturno e no final de semana com uso de tornozeleira eletrônica a ser instalada pela Polícia Federal, proibição de utilização de redes sociais, cancelamento de todos os transportes emitidos no Brasil, tornando-os sem efeito, entre outros.

Defesa

A defesa da ex-candidata a suplente alega que ela não estava em Brasília no momento em que vândalos invadiram os prédios de Três Poderes e promoveram uma série de crimes. Conforme explicado, Regina decidiu ir até o acampamento de manifestantes na frente do quartel do Exército. Então, no local ela teria sido presa por engano.

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