Sindicatos ligados à Saúde estadual fizeram, nesta segunda-feira (30), um ato para reivindicar do Governo de Roraima a atualização das tabelas financeiras do Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração (PCCR). Sem acordo com o Estado, os servidores organizam uma paralização para o mês fevereiro.
A manifestação ocorreu em frente no Palácio Sendor Hélio Campos e na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Roraima (Sintras), Marcele Souza Carvalho, explicou o motivo da cobrança.
“Atualmente, o profissional de nível superior, que em tese receberia 14%, vai receber apenas 3%. O profissional de nível médio que, segundo o nosso acordo, receberia 22%, vai receber apenas 11%. O Governo fez uma espécie de antecipação para nós servidores da saúde. Ele [o Governo] não projetou essa diferença na porcentagem nas tabelas futuras, prejudicando o nosso poder de compra”, disse a presidente.
Os servidores participaram de uma reunião na sede do Governo, com o secretário-chefe da Casa Civil, Flamarion Portela. A classe então recebeu a informação de que não poderá ocorrer projeções futuras no PCCR.
Progressões verticais e adicional de qualificação
Em seguida, os representantes dos sindicatos seguiram para a ALE-RR para também questionar sobre os direitos no pagamento das progressões verticais, além do adicional de qualificação. Marcele Souza afirmou que há uma série de necessidades dos servidores da Saúde que não estão sendo atendidas.
“O governador, em outubro de 2022, disse que tinha pago as progressões verticais, sendo que não pagou. Até hoje a gente não vê essas progressões verticais refletidas no nosso salário. O adicional de qualificação está a mais de 90 dias parado”, completou.
Devido a situação, os servidores dizem se sentir desamparados pelo Governo, sem ter nenhuma resposta concreta, recebendo notícias “de bastidores”.
“Mês de fevereiro eu acredito que a gente já deva ter todos os parâmetros legais para fazer a paralisação. Governador a gente entende o seu trabalho, só que nós servidores da saúde não estamos sentindo esse reflexo no nosso bolso. Não foi o acordado, eu sei que existe essas legislações, mas de fato quem tá sendo prejudicado, quem tá sendo lesado no bolso é o de saúde. A gente não vai se calar“, frisou a presidente do Sintras.
Citado
O Roraima em Tempo entrou em contato com o Governo de Roraima para pronunciamento e aguarda retorno.
Fonte: Da Redação