A paciente Maura Alexandre perdeu o bebê na última quarta-feira (1°). Ela estava com 9 meses de gestação e procurou atendimento na maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Por duas vezes ela pediu atendimento, mas recebeu a informação que não estava na hora do parto. Com o atendimento adiado, ela teve hemorragia e perdeu o bebê.
De acordo com a Maria Clenice, amiga e acompanhante da paciente, elas tiveram dificuldade em receber o atendimento e relatou como aconteceu o caso.
“As pessoas estão morrendo. Não foi só com ela […] Eles continuam matando inocentes. Ela quase morre, está toda inchada. Você pergunta para uma pessoa e falam ‘não sei, vai com Fulano’. É como se tivesse morrido um cachorro da pior raça. Eu identifico aquela maternidade pior do que uma zoonose. Tratam o ser humano pior do que cachorro”, relatou.
Nesse sentido, familiares e amigos pedem justiça para que essa situação não se repita com outras mulheres. Para que outra vida não seja perdida que e os responsáveis não fiquem impunes.
“Ela foi para lá saudável podendo ter o filho dela e agora vai sair com trauma para resto da vida. Podendo sair com a filha dela no colo, mas vai pro caixão, vai pro cemitério. Ela nunca vai se recuperar. Um trauma para resto da vida. Você passar nove meses lutando por uma gravidez e chegar no final acontecer uma tragédia dessa. Não tenho nem inimigo, mas eu não desejo isso pra ninguém na vida”, finalizou.
Outros casos
Na manhã desta última quinta-feira (2) um vídeo circulou nas redes sociais, onde uma gestante chorando desesperada, implorava por atendimento no chão da maternidade.
Do mesmo modo, em outra denúncia realizada na terça-feira (31), uma mulher relatou que procurou a unidade por volta das 17h da tarde. No entanto, só recebeu atendimento no outro dia, às 11h da manhã.
“Eu tive que fazer o exame de novo. O exame que eu fiz de manhã, mas aí o cara disse que tinha dado erro. Fiquei 20 minutos na máquina, eles botam um elástico na barriga. Eu fiquei quase duas horas na cama, fazendo esse exame e ninguém tirava, eu pedia e ninguém tirava”, disse a paciente chorando.
Citada
A reportagem tentou entrar em contato com a secretaria de Saúde (Sesau), mas não teve retorno até o momento dessa publicação.
Fonte: 93 FM