O garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami está em processo de queda desde a implantação da Casa de Governo, em Roraima.
Com todas as ações do Governo Federal, o resultado do trabalho dos 31 órgãos federais que atuam na região estabeleceu ao garimpo ilegal a destruição da infraestrutura montada para as ações criminosas.
A megaoperação contabiliza um prejuízo de mais de R$110 milhões imposto aos criminosos, com a inutilização de aeronaves, motores e geradores, entre outros equipamentos usados na atividade criminosa.
Dados de operações na Terra Yanomami
Do valor total de prejuízos impostos às atividades de criminosos na TIY, somente com apreensões de ouro e outros minérios, o valor corresponde a R$ 9 milhões, apreensão de veículos R$ 2 milhões e multas aplicadas já somam R$ 11 milhões. Em outra frente, que se dá por meio de destruição ou inutilizações, já são R$ 19 milhões apenas com aeronaves, mais R$ 34 milhões com pistas de pouso e outros R$ 30 milhões referentes a maquinários e mais R$ 5 milhões em outras apreensões e/ou destruições.
Assim, o extrato de custos do garimpo foi mapeado através do trabalho de inteligência realizado pelos órgãos federais.
O aluguel de um barco para acessar a terra chega a R$ 25 mil; o frete de voo custa em torno de R$ 15 mil. E o garimpo tem pago a pilotos de aeronaves R$200 mil ao mês.
“A grama do ouro comprado direto do garimpo está com custo elevado. Em torno de R$ 370”, revela o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, responsável pela articulação dos órgãos federais envolvidos.
Com a inutilização da infraestrutura arquitetada pelos criminosos, o custo do garimpo ilegal se torna cada vez mais alto. Do mesmo modo, o diretor da Casa de Governo apresentou à equipe interministerial, o dado de 40% de aumento nos custos da atividade criminosa. “O garimpo ilegal na Terra Yanomami será antieconômico”, afirmou Tubino.
Equipe
Além disso, 560 servidores federais formam a equipe em atuação. Eles realizaram 967 operações de inteligência, fiscalização e repressão entre os meses de março, abril, maio, junho e o início de julho deste ano. Neste mesmo período, 58 pessoas foram presas.
Nilton Tubino considera que o Governo Federal segue para uma nova fase do trabalho na Terra Yanomami.
“Os resultados já alcançados mostram a efetividade da articulação e do planejamento instituído a partir da instalação da casa de Governo. É importante destacar que estamos falando da maior terra indígena do Brasil, onde as riquezas do solo, dos rios, atraíram a atividade criminosa, com altos volumes de investimentos para a prática ilegal do garimpo. Mas estamos mostrando aos criminosos que não vamos tolerar a continuidade desta exploração”, afirmou.
Fonte: Da Redação