Equipes da Patrulha Maria da Penha promoveram nesta terça-feira, (13) na sede do programa Família que Acolhe, uma palestra para alertar sobre casos de violência, seja ela física ou psicológica. A atividade integra as ações da Campanha Agosto Lilás, desenvolvida em todo o país, com o principal objetivo conscientizar a população sobre o tema.
Os beneficiários receberam orientações sobre como identificar alguns tipos de violência e abuso, como proceder nesses casos e ficaram por dentro do trabalho desenvolvido pela Patrulha Maria da Penha, que ao longo de 9 anos de atuação na capital já prestou assistência para mais de 10 mil mulheres.
Para se ter uma ideia, conforme dados da Patrulha Maria da Penha, nos últimos dois anos, 3.760 medidas protetivas foram acompanhadas e 19.037 visitas feitas.
Também houve registros de 95 conduções de agressores por descumprimento e 28 por violência doméstica, além de crimes comuns. Desde 2016, ocorreram 6.391 medidas protetivas acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha.
A Patrulha Maria da Penha de Boa Vista teve criação em agosto de 2015, sendo a segunda do Brasil. Desde então, o município mantém um acordo de cooperação técnica com o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) para garantir o cumprimento das medidas protetivas de urgência (MPUs) expedidas pelo Poder Judiciário.
De acordo com Jessyka Pereira, palestrante e integrante da Patrulha, a Prefeitura de Boa Vista tem fortalecido o trabalho de combate e conscientização em toda a capital, assim como no campo e em áreas indígenas. Recentemente, na sede da patrulha, foi inaugurada a ‘Sala Lilás’, um espaço dedicado especialmente ao acolhimento de mulheres.
“A Patrulha Maria da Penha recebeu uma nova base, em março desse ano. Já no dia 7 de agosto, aniversário da Lei Maria da Penha, ganhou um espaço de acolhimento, a Sala Lilás. Voltada para acolher mulheres que têm medida protetiva e servidoras municipais que estão em situação de violência. Esse espaço conta com assistência psicológica e social’, disse.
A beneficiária do FQA, Thaylla Lohannna, assistiu à palestra acompanhada do marido Halianderson, e reconheceu a importância de estar informada sobre o tema. “É muito importante para nós mulheres. Precisamos ter mais coragem, porque muitas ainda têm medo de denunciar uma agressão. É importante ficar atenta, pois de proteção e conforto, tanto da mulher quanto dos filhos”, contou.
O “Família que Acolhe” também investe de forma significativa na participação do homem por meio do projeto “Paternidade Boa”, que inclui uma série de atividades desenvolvidas na sede do programa, nos Centro Referência e Assistência Socia (CRAS), além de visitas domiciliares. Ítalo Sérgio, microempresário, foi a palestra no lugar da esposa e participou ativamente da atividade.
“É sempre bom ter palestras como essas, com pessoas que são responsáveis por proteger as mulheres. É interessante, a participação de pais, pois nós homens precisamos entender a gravidade da violência doméstica. Desta forma contribuímos com a criação dos nossos filhos, com uma convivência saudável na família. Eu tenho uma filha e quero que ela cresça em um ambiente feliz e saudável”, destacou.
Qualquer pessoa, seja a própria vítima ou alguém que presencie ou suspeite de uma situação de violência, pode fazer a denúncia por meio do número 180, que é a Central de Atendimento à Mulher. Este serviço é gratuito e confidencial, oferecendo orientação sobre como proceder e encaminhamento aos órgãos competentes.
Além disso, é possível registrar boletins de ocorrência em delegacias comuns ou especializadas de atendimento à mulher. E, em casos de emergência, acionar a Central da Guarda Civil Municipal, por meio do número 4009-9355 ou Polícia Militar pelo 190. A denúncia é um ato de coragem e solidariedade que pode salvar vidas.
Fonte: Da Redação
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