Agricultura familiar indígena de Boa Vista inicia colheita do milho 

Desde 2021, a Prefeitura, apoia comunidades indígenas que têm se tornado símbolo de produção e desenvolvimento agrícola no estado

Agricultura familiar indígena de Boa Vista inicia colheita do milho 
Foto: Divulgação PMBV

É tempo de colher! Produtores rurais da comunidade indígena Darôra, região do Baixo São Marcos, iniciaram a colheita de milho verde, nessa sexta-feira,( 2).

A lavoura, plantada em maio deste ano, é incentivo da Prefeitura de Boa Vista nas etapas de produção, como plantio, controle de pragas, preparação do solo bem como aquisição de sementes e insumos.

Ao todo, houve o cultivo de 400 hectares de milho na zona rural do município e comunidades indígenas. Com o desenvolvimento saudável da cultivar, as expectativas estão superadas ao atingir a meta de 100 sacos de grãos por hectare cultivado. De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto, a gestão tem consciência do impacto positivo ao apoiar o cultivo.

“Da mesma forma que a Prefeitura de Boa Vista faz na zona rural, também trabalha nas comunidades indígenas apoiando os produtores com o plantio de culturas, a exemplo do milho. Estimular pequenos produtores é investir no desenvolvimento sustentável do nosso município, fortalecer a economia local, além de promover a inclusão social dessas famílias”, disse.

Após o plantio, vem a colheita

Com a colheita de milho verde ocorrendo no mês de agosto, a safra do grão seco está prevista para outubro. Os produtores contam com o auxílio de técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas para acompanhar o desenvolvimento da cultura. Segundo o tuxaua da comunidade Darôra, Jeckcinei da Silva, a comunidade tem aumentado a produção ao longo dos anos.

“Graças ao apoio da prefeitura, nós conseguimos aumentar a produção de milho. No ano passado, a comunidade plantou uma área de três hectares e neste ano saltamos para nove hectares. Aqui, nós temos um grupo de produtores que tomam conta desse plantio para ele chegar nessa proporção. Hoje é dia de colheita e todos estamos muito felizes”, destacou.

Mulheres produtoras

Além do cultivo do milho, a comunidade indígena rentabiliza quitutes derivados da cultura. Formada por mulheres, a associação “Andorinhas” prepara pamonhas, canjicas, doces e bolos do grão para comercialização, garantindo o complemento da renda familiar. Produtora rural há mais de 20 anos, Marinalda Augusto coordena o grupo com as produções e venda do produto.

“Hoje, a comunidade veio colher milho verde para levar para casa e estamos muito felizes com o resultado de tudo. É uma coisa muito boa que a Prefeitura tem feito para a gente com esse projeto do milho. Nós colhemos e agora vamos preparar as canjicas, bolos e pamonhas para vender para os nossos clientes e garantir o faturamento do nosso trabalho”, destacou.

Investimentos agrícolas

Desde 2021, com apoio da prefeitura, comunidades indígenas têm se tornado símbolo de produção e desenvolvimento agrícola no estado. A atual gestão investiu R$ 5 milhões no setor, beneficiando 530 famílias originárias da terra. Dessa forma, ao todo, foram plantados 243 hectares em terras demarcadas no município.

Além disso, na pecuária, para garantir a segurança e saúde dos rebanhos, pecuaristas do município recebem técnicos da prefeitura para vacinação e vermifugação do rebanho. Nos últimos três anos, mais de 19.649 animais foram vacinados e vermifugados. Os incentivos seguem então, para demais áreas, como a piscicultura, setor de implantação do projeto Moro Morí.

Por fim, a proposta de fortalecer ainda mais a agricultura familiar nas comunidades indígenas e áreas rurais, a Prefeitura de Boa Vista lançou o sistema de Irrigação Fotovoltaica que dispõe de alta tecnologia e sustentabilidade. Ao todo, serão entregues 35 kits aos produtores, sendo cinco deles para as comunidades indígenas.

Fonte: Da Redação

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