Alunos que integram a “I, Robot”, equipe de elite do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) da Prefeitura de Boa Vista construíram um foguete de garrafa PET e outros materiais simples, como canos de PVC e cartolina. Com o experimento, eles participam da 17ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).
Com muita física envolvida, os jovens fizeram o lançamento do foguete no Parque do Rio Branco e tiveram um bom desempenho, atingindo a marca de 150 metros de distância da base.
Conforme a Prefeitura, o MOBFOG é uma olimpíada inteiramente experimental. Ela acontece em todo o Brasil, e o CCTI participa pela primeira vez. De acordo com o professor responsável por coordenar os alunos, Wilker Júnior, a equipe, que deve ser composta de no máximo três alunos, atingiu uma boa marca. Geralmente a altura alcançada fica entre 80 e 100 metros de altura.
“Para a nossa primeira vez, foi um excelente desempenho. Todo o processo, que consistiu desde a seleção dos materiais a colocar o foguete para voar foi bastante proveitoso. Eles praticaram o trabalho em equipe, além de motivarem eles a liderarem com conceitos de matemática e física, como ação e reação, cálculo do centro de gravidade e massa, pressurização, dentre outros fatores que também despertam interesses para a área de astronomia”, explicou.
Assim, os resultados já foram enviados para os organizadores da Mostra, que ficam responsáveis pelos dados do território nacional e assim comunicar a escola sobre a classificação dos alunos no torneio. Eles então emitem certificados e medalhas para os ganhadores. Este retorno deve acontecer ainda em junho.
Ainda de acordo com a Prefeitura, os alunos Luciano Sampaio, Sophie Lucy e Jorge Henrique. Sophie Lucy, de 16 anos, adorou a experiência e não escondeu a emoção em participar, pela primeira vez, da competição.
“Achei incrível, por mais que o funcionamento do foguete seja simples. Já faço parte da I’ Robot há cinco anos e me ensinou muito a trabalhar em equipe. Nas participações em competições fora daqui, me proporcionou conhecer pessoas do mundo inteiro. Na escola também me ajudou muito, principalmente em raciocínio lógico”, disse.
Jorge integra a I, Robot há dois anos e, segundo ele, a fase de lançamento do foguete foi a mais interessante. “Ele atinge uma velocidade absurda! Com a I’ Robot aprendi muito sobre tecnologia. E quero futuramente ser um profissional de destaque na história da robótica”, revelou.
A ideia é desenvolver, aprofundar e compartilhar estudos, permitindo o aperfeiçoamento em modo avançado sobre a temática.
Além disso, a equipe acumula uma série de títulos e premiações, frutos de participações em torneios e competições locais, estaduais e nacionais. No Torneio Sesi de Robótica 2022, promovido em abril deste ano, a I, Robot conquistou pontuação histórica em sua trajetória de participações em torneios.
Dessa forma, para o processo de construção do foguete, a equipe usou: garrafa pet, cartolina, barbante, braçadeiras de plástico, canos PVC, palitos de churrasco, cola, uma bomba para encher pneu de bicicleta e água.
Os canos servem para fazer a base, projetada em um ângulo de 45° e os palitos para a fixarem no solo. Dentro da garrafa os alunos colocam água. Em uma das pontas da base tem uma bomba de ar, que pressionada repetidas vezes manda ar para garrafa, fazendo pressão.
Em conclusão, o ar é controlado por uma válvula que está no cano central e as braçadeiras são utilizadas para não deixar o foguete escapar da base, por conta da pressão. E assim, ao atingir cerca de 90 psi, na bomba, é puxado o barbante que, entrelaçado a uma espécie de gatilho, feito de cano, libera as braçadeiras. E por fim, com a pressão, a garrafa é liberada para voar.
Fonte: Da Redação
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