A capital de Boa Vista é referência internacional em ações de integração de imigrantes e refugiados. Na última terça-feira (27), uma comitiva da Fundação Bernard Van Leer, instituição holandesa que se uniu à prefeitura em 2018, para transformar a cidade em modelo para as crianças, veio então conhecer as práticas que integram a comunidade venezuelana nos atendimentos.
A comitiva foi composta pela representante da Fundação no Brasil, Cláudia Vidigal; a representante da Resposta Emergencial para Imigrantes e Refugiados Global da Fundação, Elvira Thiessen; a empreendedora social, Maysa Zackzuck, que trabalha na integração de crianças imigrantes em escolas; a estudante de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas, Helena Cama, e também a empresária, Daniela Nader, interessada em apoiar a causa dos refugiados e imigrantes no Brasil.
O primeiro local visitado foi programa ‘Família que Acolhe’, pioneiro em desenvolvimento da primeira infância no Brasil. Ele virou modelo de política pública para o país e o mundo. Assim, das 23 mil beneficiárias cadastradas desde 2013, cerca de 3,3 mil são venezuelanas.
Logo, em torno de 1,6 continuam ativas no programa, fazendo o acompanhamento desde a gestação, assim como as beneficiárias brasileiras.
“A nossa meta é para que outros países possam aprender com as experiências de Boa Vista. Não estamos falando apenas da resposta emergencial, dos abrigos, mas sim da integração dessa comunidade aos serviços. Viemos para ter uma experiência real e entender como Boa Vista tem oferecido essa resposta, ainda que desafiadora, mas que vem trazendo bons resultados e aprendizagem para o mundo todo”, disse Cláudia Vidigal.
No primeiro dia, a comitiva visitou duas escolas municipais para conhecerem essa integração na âmbito educacional. Dessa forma, os dados apontam que de quase 48 mil alunos da rede municipal, cerca de 7.602 são venezuelanos, o equivalente a 15,85% de toda rede de ensino.
“Estamos aqui para aprender mais sobre o trabalho desenvolvido em Boa Vista, sobre o desenvolvimento da primeira infância. E mais especificamente, estou interessada no que a cidade tem feito com a comunidade venezuelana. Eu trabalho em outros lugares do mundo que enfrentam desafios similares a esse. E importante que eu possa aprender com as respostas que Boa Vista tem dado para levar como exemplo para outros países”, disse Elvira Thiessen.
Outro ponto visitado neste primeiro dia foi o Hospital da Criança Santo Antônio, única unidade infantil do Estado, que tem sido um dos equipamentos municipais mais demandados devido o fluxo migratório, iniciado em 2017. Além disso, são feitos em média 600 atendimentos diários na urgência e emergência, e grande maioria são filhos de famílias venezuelanas.
Por fim, a prefeitura disse que nesta quinta-feira, 29, a visita vai continuar pela na Praça Clotilde Duarte Oliveira (Praça da Primeira Infância), no Nova Cidade e conhecerão o trabalho de Descentralização do FQA e o Programa de Visitação Domiciliar no CRAS Nova Cidade. O Bosque dos Papagaios (Caçari), será a última rota dos visitantes.
Fonte: Da Redação
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