Devido às mudanças climáticas, que decorrem das atividades exploratórias dos seres humanos na natureza e resultam em fenômenos ambientais, a Amazônia enfrenta um grande risco de perda da biodiversidade. Por isso, lugares como o Parque Ecológico Bosque dos Papagaios, da Prefeitura de Boa Vista, são importantes para a preservação da natureza e para promover a Educação Ambiental. Além de ser um ótimo local para passeios ao ar livre.
Prova da importância do lugar, estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) analisaram alguns fungos encontrados no parque. Isis Moreira e Martinho Souza, de 22 e 23 anos, estão no 8º semestre do curso e foram orientados pela professora da disciplina de Micologia, Gisely Moraes(confira o resultado do estudo aqui).
“Decidimos analisar a diferença fúngica do Estado, e para isso, logo lembramos do Bosque dos Papagaios, que é um lugar cheio de biodiversidade. Para a nossa surpresa, achamos fungos raros na nossa região, geralmente encontrados no sul do Brasil. Não precisamos ir tão longe da nossa casa para ver coisas muito interessantes. Tanto para a ciência, quanto para o lazer”, disse Gisely.
Além disso, existem diversos grupos e espécies de fungos, mas os escolhidos para a pesquisa foram os macrofungos. São aqueles com estruturas reprodutoras visíveis a olho nu.
Eles ajudam a reter nutrientes, melhoram a estrutura do solo e facilitam o reflorestamento por meio da micorrização, processo em que as micorrizas (junções entre fungos e raízes) absorvem nutrientes do solo e os transmitem às plantas.
“Quando encontramos esses fungos em algum lugar, isso indica uma boa ciclagem de nutrientes e uma decomposição eficiente da matéria orgânica, pois eles são indicadores importantes da saúde ambiental. Preservar esses locais e reconhecer a importância dos macrofungos é essencial, pois eles desempenham um papel vital no equilíbrio do ecossistema”, contou o aluno Martinho.
Como apontado pela professora Gisely, o parque é uma opção para os munícipes aprenderem sobre preservação ambiental. Com uma vegetação diversificada, animais silvestres e profissionais capacitados, fazer uma visita ao local vai além de apenas apreciar a natureza. A purificação do ar muda e o calor diminui, como uma verdadeira imersão aos impactos positivos da proteção ao meio ambiente.
“Essa disciplina nos despertou muita curiosidade e o próprio parque também. Vejo que as crianças gostam de visitar para brincar e aprender. Isso é ótimo, pois o bosque é uma forma de socializar e educar sobre o que é preservar o meio ambiente. No nosso trabalho, procuramos facilitar a informação, mas ainda garantir que esteja correta. Foi enriquecedor”, acrescentou a aluna Isis.
De terça a sexta-feira, funciona das 8h às 18h. Nos fins de semana, fica aberto das 8h às 12h e das 14h às 18h. Às segundas-feiras, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) faz a manutenção do local. Em feriados e pontos facultativos, o parque não funciona.
Por fim, vale ressaltar que no local não é permitido ingressar com animais domésticos, alimentar os animais, entrar com bebida alcoólica, consumir alimentos nas trilhas, fumar e descartar resíduos de forma irregular.
Fonte: Da Redação
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