O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), informou na segunda-feira, 11, que vai pautar projetos que combatam o alcance de perfis que promovam a ‘adultização’ de crianças e adolescentes.
O tema ganhou repercussão após denúncias do influenciador Felca Bress. Ele expos que perfis que usam crianças e adolescentes com pouca roupa, dançando músicas sensuais ou falando de sexo em programas nas plataformas digitais.
“Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão. Obrigado, Felca. Conte com a Câmara para avançar na defesa das crianças”, afirmou Motta em uma rede social.
O influenciador Felca tem exposto perfis com milhões de seguidores na internet que usam crianças e adolescentes em situações consideradas de adultos para aumentar as visualizações e arrecadar mais recursos, isto é, a “monetização” dos conteúdos.
Como resultado, o Governo Federal elogiou a iniciativa de Motta. Além disso, a ministra das relações institucionais, Gleisi Hoffmann, que é a responsável pela relação com o Legislativo, defendeu que é preciso responsabilizar as plataformas.
“[As plataformas] são capazes de identificar praticamente tudo o que fazem seus usuários. Não podem fingir que não é com elas, como normalmente acontece. E a internet não pode continuar como uma terra sem lei. Ela é uma arma poderosa nas mãos de pedófilos, incitadores de mutilações e suicídios, golpistas e criminosos”, afirmou.
Do mesmo modo, o tema também foi comentado pelo advogado-geral da Uniao (AGU), Jorge Messias, que alertou para a promoção de conteúdos criminosos pelos algoritmos das redes sociais.
Adultização infantil
A ‘adultização’ infantil se refere à exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e expectativas que deveriam ser reservadas aos adultos. A prática pode provocar a erotização e apresentam efeitos que prejudicam o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças, segundo a Instituto Alana, organização que trabalha na proteção da criança e do adolescente.
Fonte: Agência Brasil

