Caminhada pela Paz: centenas de pessoas participam de mobilização contra violência doméstica em Boa Vista

Evento contou ainda com o plantio de mudas de árvores, música, apresentações culturais e aula de ioga

Caminhada pela Paz: centenas de pessoas participam de mobilização contra violência doméstica em Boa Vista
Foto: Ascom/MPRR

Cerca de 200 pessoas participaram da 3ª edição da Caminhada pela Paz e Sarau Cultural, que aconteceu nesta terça-feira, 10, em Boa Vista. O evento, promovido pelo Ministério Público de Roraima e instituições parceiras, visa alertar a sociedade roraimense sobre a gravidade e os altos índices de violência contra as mulheres no estado.

Os participantes caminharam pela praça do Mirandinha com faixas e cartazes de apoio às vítimas violência doméstica no estado. Para a promotora de Justiça de Defesa da Mulher, Lucimara Campaner, a mobilização é necessária diante do cenário atual.

“Na noite de segunda-feira tivemos mais uma vítima de feminicídio. Uma senhora de 61 anos foi morta a facadas. Precisamos dar visibilidade a essa triste realidade de violência contra mulheres e abuso contra meninas e meninos. Meu desejo é um dia nós estarmos aqui reunidos para caminhar para celebrar a paz. Mas, atualmente, a gente faz a caminhada para clamar por paz”, ressaltou.

Plantio

Ao final da caminhada, aconteceu um plantio de mudas de árvores em homenagem às vítimas de feminicídio, assim como às mulheres que já sofreram violência.

Foto: Ascom/MPRR

Luz Maria Nogueira Tovar, vítima de violência doméstica, plantou uma árvore como símbolo da libertação. “Eu era jornalista na Venezuela, então sempre soube o que era violência doméstica, patrimonial, emocional. Mas acaba que quando a gente vive isso, tem muito medo e permite que a pessoa faça com você o que quiser. Mas consegui sair disso e recebi muito respaldo, na Casa da Mulher Brasileira tive todo aparato legal necessário e não me senti sozinha, me senti forte. Hoje, sou voluntária, faço palestra para outras mulheres sobre o empreendedorismo feminino e sobre o quanto são capazes de lutar por elas mesmas”, disse a mulher.

O evento ainda contou com a participação do grupo musical feminino “Divas do Samba”, apresentação cultural da Associação Indígena Kapói,  declamação de poesias e aula de ioga.

Fonte: Da Redação



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