‘Caminhada pela paz’: instituições se unem no combate à violência contra a mulher

Concentração ocorreu em frente ao 2º Batalhão da Polícia Militar nesta terça-feira (6); ato simbólico contou com a participação de diversas autoridades

‘Caminhada pela paz’: instituições se unem no combate à violência contra a mulher
Mulheres reunidas para a caminhada pela paz/Foto: Arquivo pessoal

A caminhada pela paz em apoio às mulheres vitimas de violência, ocorreu nesta terça-feira (6). A ação organizada Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), em conjunto com instituições públicas e da sociedade civil teve como objetivo, promover a conscientização sobre a gravidade da violência contra as mulheres.

Dessa forma, a concentração ocorreu no 2º Batalhão da Polícia Militar (PMRR), na Av. Nazaré Filgueiras, nº 1164, no bairro Pintolândia. O percurso terminou na Praça Germano Sampaio.

Vestidas de camisa branca, diversas pessoas compareceram ao local. Assim, a procuradora geral do MPRR Janaína Carneiro, falou sobre a importância do ato.

“Temos vivenciado nos últimos anos, um índice muito alto de violência domestica. O que mobilizou as pessoas estarem aqui hoje foi o fato de uma das vitimas não ter se calado. ela teve o apoio de outras mulheres e outros homens e denunciou. Mulher não tem que se calar, ela tem que falar.” disse.

Do mesmo modo, a promotora de Justiça da Defesa da Mulher, deu detalhes sobre a caminhada pela Paz.

“O evento é uma movimentação espontânea que nasceu na sociedade como indignação aos casos graves de violência que vem ocorrendo. Nós do MPRR estamos como parceiros, no sentido de abraçar a causa e então unidos pelo fim de um modo geral.”

Canais de denúncia

Ela também disse que toda a mulher que for vítima de violência pode procurar canais de apoio como o 190 da Polícia Militar (PMRR) que atende situação de flagrante, além do ligue 180 de amplitude nacional gratuito.

“As denúncias podem ser feitas de forma anônima. Essa denúncia vai chegar até nós por meio da ouvidoria da do MPRR e depois o fluxo chega até a promotoria de Justiça de defesa da mulher. […] prevenção e punição precisam andar juntas. esse négocio de bater em mulher não dá em nada, nós temos que virar a página. Agredir mulher é crime dá cadeia dá processo e punição”.

Dados

A guarda municipal e também integrante da Patulha Maria da Penha, Gizele França, falou à reportagem sobre o trabalho feito com as mulheres vítimas da violência. Criada em 2015, ela trouxe a aplicação da Lei para mais perto da população.

“Antigamente as mulheres saiam do juizado apenas com o papel. Muitas vezes os infratores até rasgavam essa medida protetiva. A patrulha veio então para trazer essa segurança. Nosso trabalho é diário. Ele é em torno de 40 fiscalizações em um turno de 24h. Assim, todo o descumprimento é informado ao juizado” explicou.

Este ano, cerca de 1781 mulheres foram atendidas vitimas de violência doméstica. Além de 28 prisões de janeiro até novembro.

Ato simbólico

Por fim, após o ato da caminhada em consideração aos familiares de vítimas de feminicídio foram plantadas mudas de plantas.

Fonte: Da Redação

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