O Conselho Indígena de Roraima (CIR) manifestou preocupação com a alta contaminação dos peixes por mercúrio em rios do estado em razão do garimpo ilegal na Terra Yanomami.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Socioambiental (ISA), Seção de Meio Ambiente, Instituto Evandro Chagas e Universidade Federal de Roraima (UFRR) realizaram o estudo e constataram que algumas espécies de peixes não apresentam consumo seguro.
Conforme o conselho, a pesquisa apenas comprova o que as lideranças indígenas têm denunciando há anos, sobre os impactos ambientais do garimpo ilegal.
Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.
“A contaminação dos peixes coloca em risco a saúde coletiva da população roraimense, principalmente dos povos indígenas e ribeirinhos que dependem dos peixes para alimentação e comercialização, além de provocar danos irreparáveis ao ecossistema […]“ diz trecho da nota.
Maquinário
O Governo de Roraima sancionou Lei que proíbe a destruição de maquinário usado no garimpo ilegal. Por outro lado, o conselho afirmou que a ação contribui para ‘o fortalecimento das atividades’ na região.
“Diante da gravidade e dos impactos socioambientais que está provocando na vida dos povos indígenas, o CIR reitera os pedidos para que os órgãos competentes continuem com ações de fiscalização para retirada de garimpeiros das terras indígenas, e tomem medidas judiciais e administrativas […]“.
A pesquisa
A pesquisa aponta que (45%) dos peixes coletados no rio Branco, (53%) no rio Mucajaí e (57%) no rio Uraricuera, apresentaram concentrações de mercúrio maiores ou iguais ao permitido.
Em contrapartida, os resultados indicam que não há possibilidade de consumo seguro pelas populações de peixes provenientes da bacia do Rio Branco.
Por fim, os níveis medianos de concentração de mercúrio no cabelo de indígenas Yanomami das regiões de Waikás-Aracaça e Paapiu foram maiores aos limites considerados como seguros.
Fonte: Da Redação