Crianças indígenas recebem benefício para utilizar transporte e irem à escola

Apoio financeiro será utilizado por famílias que moram distantes do abrigo

Crianças indígenas recebem benefício para utilizar transporte e irem à escola
Benefício vai alcançar cerca de 86 crianças/Foto: Divulgação ACNUR

Crianças e jovens indígenas venezuelanas recebem apoio por meio de um benefício para utilizar o transporte público em Boa Vista e assim irem à escola. A ação é uma iniciativa da Agência da Onu para Refugiados (ACNUR).

No abrigo indígena Waraotuma a Tuaranoko, as mães indígenas da etnia venezuelana Warao que residem no local preparam seus filhos e filhas para esrudarem. Rosana Hernandez, de 42 anos é mãe de cinco jovens.

“A escola que meus filhos frequentam é distante, e eles estavam faltando por não ter como chegar lá. Agora eles terão menos faltas.”

A movimentação de Rosana e Delma, assim como de outras mães e pais residentes no Tuaranoko, representa uma nova fase na vida das famílias deste que é o maior abrigo para pessoas refugiadas e migrantes indígenas da América Latina.

Transferidas para o local há quase dois meses, as famílias vinham enfrentando dificuldades logísticas e financeiras para garantir o acesso à educação dos filhos matriculados em escolas distantes do abrigo

O que é o benefício

Conforme a ACNUR, o crédito é um apoio financeiro. Por meio de um cartão a ser usado no transporte municipal de Boa Vista, que terá validade de até três meses, para que haja tempo para efetivação das transferências escolares de crianças que moram longe dos abrigos.

Ainda de acordo com a ACNUR, o crédito vai beneficiar 86 crianças e jovens. Além dos estudantes, 43 pais e responsáveis também terão créditos de transporte caso necessitem acompanhá-las até a escola onde estão matriculadas.

Novo abrigo

Waraotuma a Tuaranoko é o novo abrigo indígena da Operação Acolhida. Com capacidade para 1.500 pessoas, já tem uma população de aproximadamente mil residentes.

Ele foi inaugurado no dia 14 de março, após um longo processo de consulta com as populações indígenas que estavam nos abrigos Pintolândia, Tancredo Neves e Nova Canaã, que foram desativados por não possuir a infraestrutura adequada para a prestação de assistência humanitária e proteção em linha com os padrões internacionais observados pela Operação Acolhida.

O abrigo Tuaranoko atende às especificidades de comunidades indígenas que vivem a situação de refúgio e inclui espaço para recreação e desenvolvimento infantil, área para reforço escolar, projetos de artesanato, unidades residenciais com redários e fogões tradicionais. O local é gerido pelo ACNUR em parceria com a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil).

Fonte: Da Redação

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