As mais de 42 mil pessoas que atualmente aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil contam agora com um importante aliado. Isso porque, quem deseja ser um doador de órgãos, poderá manifestar e formalizar sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer Cartório de Notas de Roraima: a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO).
A novidade marcou o início da campanha “Um Só Coração: seja vida na vida de alguém”, lançada no dia 2 de abril.
A autorização eletrônica está disponível gratuitamente no site www.aedo.org.br. Através da Central Nacional de Doadores de Órgãos, o documento ficará disponível para consulta via CPF do falecido pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisa estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos e tecidos. Com a autorização eletrônica, a manifestação da vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da Saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar à família.
Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado deve então preencher um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.
Por meio do sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos -. No Brasil, a maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas. Somente no ano passado, três mil pessoas morreram pela falta de doação de um órgão. Atualmente, mais de 500 crianças aguardam por um novo órgão.
Fonte: Da Redação
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