Policiais penais, denunciaram casos de assédio moral sofridos nas unidades prisionais. A denúncia foi feita durante entrevista ao jornalista Bruno Perez, no programa Rádio Verdade, da Rádio 93 FM, nesta Sexta-feira (15).
De acordo com a presidente do Sindicato dos policiais penais de Roraima, Joana Dark, as policiais penais por exemplo, recebem ordens que não cabem às funções das servidoras.
Além disso, há casos de humilhações, má alimentação e oferta de condições inadequadas para o descanso dos profissionais, e citaram o Diretor do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) João Batista, como a pessoa que assedia moralmente as servidoras.
“Nós não precisamos de uma gestão que trabalha contra o servidor e que oprime e que adoece o servidor, que são os policiais penais do Estado”, disse.
De acordo com Joana Dark, os policiais são induzidos a pedir o afastamento. “Quando o policial se recusa a cumprir uma ordem absurda, eles mandam pedir atestado para punir o policial. Ou então, colocam a classe como se ela fosse preguiçosa e se valesse da condição médica para não trabalhar, o que não é verdade. O policial penal trabalha, e trabalha muito. “, disse Joana.
Assim, a policial penal, Marcele barbalho, relatou que o problema de assédio no CPP, resultou em doenças mentais.
“Por várias vezes colocaram a minha dignidade em cheque. Nós não temos que entender que o assédio moral é normal. Somos policiais e somos mulheres […] estamos doentes. E são vários episódios físicos da gente passando mal, entre falta de ar, dor no peito. Eu fui diagnosticada com depressão e ansiedade generalizada. Uma outra colega do mesmo setor teve burnout. Estamos pedindo ajuda”, desabafou.
A policial penal Adriana de Paula, também relatou situações constrangedoras que foi submetida. “Recentemente no meu plantão, João Batista saiu da sala dele para me humilhar e me constranger. Há vários relatos de amigos que também passaram por constrangimento com este homem. Em menos de 15 dias, três mulheres da mesma sessão apresentaram atestado psiquiátrico e a gestão ignora, faz vista grossa para isso”, disse.
Do mesmo modo os policias penais denunciaram que há dois meses atrás, houve um ‘motim’ na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC). No entanto, após conter o ‘motim’ esses policiais foram afastados por 60 de suas funções.
Por fim, o policial penal, Andre Flagra, disse que a justificativa da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) e da corregedoria é que de teria ocorrido excessos. Contudo o policial disse que a medida de afastamento foi desproporcional. Além disso, os presos que organizaram o motim nada sofreram de medida de punição.
“O afastamento não é razoável e nem proporcional […] bastava mudarem os policiais de unidade prisional, e proibir temporariamente de irem até à PAMC, isso sim seria razoável, e não afastar e tomar o armamento deles”. finalizou.
A reportagem entrou em contato com a Sejuc para posicionamento sobre as denúncias relatadas. Por meio de nota, a secretaria disse que recebeu a denúncia de assédio moral no CPP. E que ” será apurada conforme os trâmites legais vigentes em relação ao caso”
Já sobre o afastamento dos policiais penais disse que “instaurou procedimento administrativo disciplinar para apurar condutas de alguns policiais no exercício das funções e encaminhou o caso para o Ministério Público de Roraima (MPRR) Defensoria Pública do Estado e Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça”.
Fonte: Da Redação
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