Exército apreende mais de 3 mil litros de combustível na TI Yanomami

Além do combate ao garimpo, a operação teve como objetivo coibir crimes ambientais e transfronteiriços

Exército apreende mais de 3 mil litros de combustível na TI Yanomami
Apreensão foi realizada durante operação de combate ao garimpo ilegal -Foto: Divulgação/Exército

O Exército Brasileiro em Roraima apreendeu 3 mil litros de óleo diesel e 550 litros de gasolina durante operação para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, no município de Alto Alegre, região Norte do Estado.

O 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado realizou a apreensão nessa quarta-feira (28), no entanto, o Exército divulgou a informação na tarde desta sexta-feira (30).

Conforme informações, a operação “Curaretinga” concentrou as ações na região da Estação Ecológica de Maracá, que tem pouco mais de 100 mil hectares. A Estação fica localizada entre os municípios de Amajari e Alto Alegre.

Além do combate ao garimpo, a operação teve como objetivo coibir crimes ambientais e transfronteiriços.

A 1ª Brigada de Infantaria de Selva, através da tropa do 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado foi responsável pela operação. Contudo, também contou com a participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conflitos com garimpeiros

A Terra Indígena Yanomami têm sofrido com a invasão de garimpeiros ilegais. Por outro lado, de abril de 2020 a maio de 2021 foram ao menos 12 ofícios enviados pela Hutukara Associação Yanomami às autoridades, informando sobre a expansão do garimpo.

Em maio, houve uma escalada de violência contra os Yanomami. O primeiro conflito ocorreu no dia 10, quando sete embarcações com invasores armados dispararam tiros contra Palimiú.

Em seguida, no dia 16 de maio, garimpeiros atacaram novamente as comunidades com bombas. Além do mais, no dia 5 de junho, a comunidade Maikohipi, próxima a Palimiú, foi atacada com bombas de gás lacrimogêneo.

Três dias depois, os garimpeiros retornaram e atiraram contra Yanomami que voltavam de uma caçada. Os indígenas então fugiram pelo rio.

Já no dia 18 de junho, garimpeiros afundaram uma canoa onde estavam seis crianças de aproximadamente 11 anos, e outros dois jovens.

Por outro lado, o vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, Dário Kopenawa, narrou em ofício no dia 14 deste mês, o registro de dois novos ataques nas comunidades Palimiú e Korekorema, ocorridos nos dias 8 e 13.

Por fim, no último fim de semana, a Hutukara Associação Yanomami desmentiu a Embaixada Brasileira que dizia estar atuando contra garimpeiros em terras indígenas.

Fonte: Da Redação

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