Cidades

Feira de soluções sustentáveis incentiva potencial empreendedor de alunos em Boa Vista

Como forma de incentivar o potencial criativo e empreendedor de alunos da Rede Municipal de Ensino, a Prefeitura de Boa Vista, em parceria com o Sebrae-RR promoveu nesta quinta-feira, 3, a 1ª Feira de Soluções Sustentáveis.

O evento ocorreu na Escola Municipal Nara Ney de Araújo, reunindo cerca de 600 estudantes de quatro escolas da Rede Municipal de Ensino.

A feira é resultado do projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Jepp), que atendeu 26 turmas do 6° e 7° ano. As atividades iniciaram em julho deste ano, incluindo capacitação online para os professores, oferecida pela SEBRAE. Ficou a cargo das escolas a definição e desenvolvimento dos projetos, totalizando 13 propostas apresentadas durante o evento.

“O Sebrae entra como apoiador e estimulador desse comportamento empreendedor, aliado à educação financeira. Ver os alunos apresentando seus projetos nesta culminância é muito gratificante. Porque mostra que estamos contribuindo para formar jovens mais preparados, inovadores e conscientes do mercado de trabalho. Bem como do futuro que desejam construir”, disse Talison Magalhães, coordenador de Educação Financeira do Sebrae-RR.

De acordo com Angelita Schmitz, gerente municipal do Ensino Fundamental, a parceria reforça um trabalho desenvolvido na Rede Municipal de Ensino. “Nossos alunos já contam com a disciplina de Educação Financeira e Empreendedora e o Sebrae veio somar a esse esforço, trazendo novas metodologias e ampliando a visão dos alunos. Aqui, além da venda dos produtos, eles apresentam soluções sustentáveis para o dia a dia, aprendem a lidar com consumo consciente e levam esse conhecimento para dentro de casa, ajudando as famílias organizarem melhor suas finanças”, destacou.

Por meio do projeto, os alunos se familiarizaram com cálculos de risco, viabilidade econômica e empreendedorismo, incentivando os estudantes a buscarem autoconhecimento e novas aprendizagens.

Empreendedorismo e sustentabilidade

Entre os projetos, estão propostas que abordam consumo consciente, responsabilidade financeira, reciclagem, entre outros temas relevantes.  A ideia é despertar nos jovens a consciência ambiental, tornando-os verdadeiros multiplicadores de boas práticas sustentáveis.

Do mesmo modo, uma das ideias apresentadas no evento é a chamada “Feira de Troca Sustentável”, que levanta a bandeira do consumo consciente. De acordo com uma das integrantes do grupo, Maria Fernanda, de 12 anos, aluna do 6° ano, a ideia é incentivar as pessoas a trocarem objetos que estão em casa, sem uso. A exemplo de livros, brinquedos e itens diversos.

“Funciona por meio de doação. A gente troca itens que podem ser reutilizados por outras pessoas. Tem livro, brinquedos, gibis, roupas e materiais escolares que as pessoas não usam mais e aqui, trocam por algo que será útil. Também criamos nossa própria moeda, a ‘Ecocoin’, feita com materiais recicláveis”, explicou.

Robótica como solução

Outro destaque na feira foram duas turmas do 7° ano, que apresentaram projetos de robótica sustentável com materiais recicláveis. Uma das equipes, a “Gatos Especiais”, criou robô Gnarpy, que funciona como os famosos ‘robôs aspiradores’ utilizados para limpeza da casa.

“Para criar o robô, utilizamos garrafa pet, caixa de papelão, palitos, tampinhas e outros materiais recicláveis. Decidimos falar sobre isso porque foi algo muito abordado na COP-30. Nosso planeta precisa de atitudes sustentáveis, pois pessoas estão morrendo por causa de desastres naturais e outras consequências do aquecimento global. Propostas como essa ajudam a mudar essa realidade”, destacou o aluno do 7° ano, Kauê Brito, de 13 anos.

Além disso, outro grupo, o Robotiks, criou o Monarki, uma garra robótica, construída com materiais recicláveis. Ela serve para levantar objetos em situações que necessitam alcance e precisão.

“Ele foi construído com papelões, palitos, barbante e outros materiais. O robô funciona por meio de um sistema mecânico que permite a movimentação da garra, para pegar objetos quando acionado. Nossa ideia foi mostrar a utilidade do equipamento no dia a dia. Gostei muito de participar e mostra o quanto é importante preservarmos o meio ambiente”, contou o estudante do 7° ano, Emanuel Robertson, de 13 anos.

Por fim, a professora de matemática, Eliete Duarte, acompanhou todo o processo de criação do projeto e destacou a relevância para os jovens. “Eles ficaram muito animados. Ao longo do processo, puderam colocar em prática tudo o que aprenderam sobre planejamento, responsabilidade e criatividade. É uma experiência que amplia a visão de mundo, desenvolve autonomia e mostra que eles são capazes de transformar ideias em projetos reais, fortalecendo tanto o aprendizado quanto a confiança de cada um”, relatou.

Fonte: Da Redação

Polyana Girardi

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