Cidades

Forças Armadas combatem garimpo na Terra Indígena Yanomami

O Ministério da Defesa regulou a atuação das Forças Armadas na Terra Indígena Yanomami (TIY) para a segunda etapa da Operação Catrimani. A ação se estenderá de abril até 31 de dezembro deste ano. Governo Federal vai disponibilizar 800 militares, além de meios fluviais, terrestres e aéreos, para as ações de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), nos estados do Amazonas e de Roraima.

A ação deve usar quatro aeronaves para as ações de desintrusão. A publicação da diretriz de atuação ocorreu nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União.

Essa é a segunda vez que o Comando Conjunto Catrimani é ativado para atuar em apoio aos Yanomami. Na primeira etapa da operação, uma ação de caráter humanitário e emergencial reuniu esforços para transporte, bem como a distribuição de cestas de alimentos.

De acordo com o Ministério da Defesa, desde janeiro de 2023, entregaram 36,6 mil cestas de alimentos, além de realizarem 3.029 atendimentos médicos e 205 evacuações aeromédicas.

O ministério coordenará a atuação dos militares de forma a contribuir com as ações governamentais na Terra Indígena Yanomami. Desta vez, as Forças Armadas concentrarão esforços para interromper o fluxo logístico das atividades de apoio e inutilizar a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal. Para isso, vão estabelecer estabelecido um posto de comando na cidade de Boa Vista, em Roraima.

Impacto do garimpo ilegal na TI Yanomami

A reserva dos Yanomami é a maior do país e ocupa uma área de mais de nove milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas. Na região, vivem mais de 27,1 mil indígenas (Censo de 2022), distribuídos em nove aldeias.

Além de afetar a subsistência dessa população por meio da redução de oferta de recursos naturais, o garimpo ilegal tem causado sérios problemas de saúde aos indígenas, em decorrência da contaminação por mercúrio.

A situação causada pela atividade criminosa levou o governo federal a decretar emergência em saúde pública em janeiro de 2023. Assim como iniciar uma força-tarefa para desintrusão do território Yanomami. Apesar de o garimpo ilegal ter desacelerado na região, a persistência da atividade criminosa ainda causa impacto na vida dos indígenas.

Fonte: Agência Brasil

Ian Vitor Freitas

Recent Posts

Está aberta consulta ao lote da malha fina do Imposto de Renda

De acordo com a Receita Federal, cerca de 220 mil contribuintes receberão R$ 558,8 milhões

7 horas ago

Homem tenta fugir da polícia, perde controle do veículo, cai em lago e acaba preso com 2 kg de cocaína no Cantá

Suspeito tentou fugir para Bonfim. Prisão aconteceu nesta quinta-feira, 21

11 horas ago

Jovem condenado por estuprar a sobrinha de 5 anos é preso em RR

Crime ocorreu em 2019, quando a vítima estava sozinha com o tio. Ele ainda tentou…

11 horas ago

Construa Mais RR: Arthur Henrique destaca mais de 500 obras de infraestrutura em Boa Vista e desburocratização de alvarás em feira

Foram mais de 4 mil alvarás de construção emitidos, o que rendeu à capital como…

13 horas ago

Sesau não paga clínicas conveniadas e pacientes têm exames suspensos, diz denúncia

Paciente que procurou a reportagem disse que precisa fazer um procedimento, mas que exames estão…

14 horas ago