Clodoaldo Torquato está com fêmur fraturado após ter sido baleado por um policial à paisana depois de testemunhar uma agressão na madrugada do dia 18 de fevereiro, em Boa Vista. Em entrevista à TV Imperial, o homem relata falta de medidas administrativas da Polícia Militar de Roraima contra o agente.
O episódio aconteceu na conveniência de um posto de combustíveis. Clodoaldo se divertia com os amigos quando ele decidiu ir ao banheiro que fica na parte externa do estabelecimento. No caminho, Torquato presenciou dois homens batendo em um terceiro, momento em que levou o tiro.
“No meio do caminho ao banheiro, eu encontrei dois rapazes agredindo um cidadão. Eu me fiz de despercebido e continuei meu caminho. Quando eu reparei, esse policial militar encostou a pistola na minha perna, vindo a disparar e quebrar o meu fêmur. Eu caí no chão, ele juntou a cápsula da bala, entrou dentro de um carro e fugiu do local”, relatou.
De acordo com Clodoaldo, o que causa mais indignação é a forma como a situação está sendo abordada pelos setores responsáveis em apurar o caso. O homem agora usa um fixador externo na perna e só anda com o apoio de muletas, enquanto isso, o suspeito segue sem receber medidas administrativas e tem trabalhado normalmente.
“Tenho uma oficina, trabalho com pintura, tenho um filho para criar, tenho conta para pagar e estou nessa situação. Como foi um tiro à queima-roupa, estraçalhou meu fêmur. Segundo os médicos, eu não morri por pouco. A gente pede justiça. Desde o dia em que eu levei o tiro, não acontece nada. Ele continua vivendo a vida dele normal, enquanto eu estou passando necessidade, sem conseguir trabalhar”, desabafou o Clodoaldo.
Conforme Eduardo Castro, advogado responsável pelo caso, as investigações estão paradas por falta de delegado na Polícia Civil de Roraima.
“Apesar de diversas diligências, o autor do fato e o coautor ainda não foram ouvidos por conta de não ter delegado à disposição. Informaram que o delegado foi exonerado e até então o acusado continua solto e trabalhando normalmente com a sua arma”, explicou o advogado.
Clodoaldo agora cobra providências ao poder público e à Polícia Militar para que confisquem a arma do policial e apliquem medida administrativo ao agente.
Procurada, a Polícia Militar informou que Clodoaldo esteve na Corregedoria da PM no dia 14 de março, onde foi colhido um Termo de Declaração Civil. Em seguida, foram feitas diligências preliminares a fim de investigar as declarações, constatando a identificação do policial, que na ocasião encontrava-se de folga e em veículo particular.
Além disso, foi ainda determinada instauração de processo administrativo disciplinar, que se encontra em fase nomeação de comissão processante e publicação.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que foi instaurado um inquérito policial na Delegacia Geral de Homicídios, onde o caso está sendo investigado. Várias diligências foram produzidas pelos policiais civis e em breve será realizado o interrogatório do investigado. Ainda segundo a corporação, o caso não está parado e as diligências tramitam com o objetivo de esclarecer totalmente a autoria dos fatos.
Fonte: TV Imperial
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