Justiça concede liberdade a policial militar investigado por duplo homicídio em fazenda no Surrão, interior de RR

Helton Jhon Silva de Souza estava preso desde maio

Justiça concede liberdade a policial militar investigado por duplo homicídio em fazenda no Surrão, interior de RR
Capitão Helton Jhon – Foto: Reprodução

A Justiça de Roraima concedeu liberdade provisória ao capitão da Polícia Militar de Roraima (PMRR), Helton Jhon Silva de Souza, 48 anos. Ele é investigado no caso do assassinato de um casal de agricultores na Vicinal do Surrão, no Cantá.

Quem assina o documento é o juiz Breno Jorge Portela Silva Coutinho, da 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri nesta terça-feira (22). Além disso, houve a aplicação de medidas cautelares. Helton Jhon estava preso desde o dia 10 de maio.

O crime

O policial atuava na segurança do governador Antonio Denarium (Progressistas). O crime ocorreu no dia 23 de abril na Vicinal do Surrão, no Cantá. Em um áudio gravado por uma das vítimas, é possível ouvir o barulho de seis tiros e gritos do casal. O homem morreu no dia seguinte e a mulher ficou em estado grave, mas morreu no dia 28 no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Na dia 24 de maio, a PCRR prendeu dois suspeitos do crime: um de 53 anos e um de 35. A Polícia Civil pediu ainda a prisão do produtor Caio Porto, que estava no local do crime, mas ele encontra-se foragido.

Ameaças

Após o crime, os agentes da Civil iniciaram as investigações. Eles apuraram que a mesma testemunha que prestou socorro ao casal, também recebeu ameaças de quatro homens no dia anterior.

A testemunha e o agricultor haviam combinado de fazer uma plantação de feijão numa parte da terra. No dia anterior ai crime, a testemunha olhava o local onde fariam a plantação. Nesse momento, chegaram os quatro homens e um deles estava armado com uma pistola calibre 380.

“Eles foram na propriedade e encontraram a testemunha que é um policial militar da reserva. Eles fizeram a ameaça afirmando que o casal havia invadido as terras deles e, logo depois, foram embora”, relatou o delegado.

De acordo com o relato da testemunha, que ainda chegou a conversar com o agricultor sobre as ameaças, este afirmou que a terra lhe pertencia e estava toda documentada.

“A vítima disse a essa testemunha que era dono da terra e que tinha toda a documentação comprobatória, mas que já tinha recebido outras ameaças anteriormente dos suspeitos e, inclusive, registrado um Boletim de Ocorrência dessas ameaças”, disse o delegado.

Com base nessas informações, os policiais iniciaram as investigações. Desse modo, conseguiram localizar dois dos suspeitos e prendê-los em flagrante delito por homicídio.

Conforme o delegado, as investigações apontaram que os dois homens estiveram numa loja e compraram munição e também estavam juntos quando as vítimas tiveram suas terras invadidas e foram baleadas. Após a prisão, o delegado interrogou os suspeitos, acompanhados de um advogado, e eles usaram o direito constitucional de somente falar em juízo.

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Fonte: Da Redação

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