O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade a Genivaldo Lopes Viana e Luiz Lucas Raposo da Silva, suspeitos de participação no assassinato de Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim de Souza. O fato ocorreu em abril deste ano na vicinal do Surrão, município de Cantá.
Além disso, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) reverteu a prisão de Johnny de Almeida Rodrigues, investigado pelo mesmo crime, de temporária para domiciliar. Ele deve usar tornozeleira eletrônica.
Segue preso o policial militar Helton John Silva de Souza. O empresário Caio de Medeiros Porto ainda está foragido.
Genivaldo, Luiz e Jhonny terão que cumprir medidas cautelares. Eles estão proibidos, por exemplo, de mudar de endereço e de manter contato com investigados e testemunhas.
O crime aconteceu no dia 23 de abril e a suspeita é de que ele foi motivado por uma disputa de terras. Segundo investigação da Polícia Civil, dois suspeitos foram até a fazenda das vítimas, invadiram a residência deles e efetuaram disparos de arma de fogo contra o casal.
Um dos vizinhos da propriedade ouviu o barulho dos tiros e, logo em seguida, recebeu a ligação de um dos trabalhadores das vítimas pedindo socorro. Quando o homem chegou no local, encontrou Jânio ainda com vida, momento em que o agricultor disse a ele quem eram os suspeitos.
A testemunha chegou a levar as vítimas para o hospital, mas elas não resistiram aos ferimentos.
Ameaças
Após o crime, a Polícia Civil iniciou as investigações. Os agentes apuraram que a mesma testemunha que prestou socorro ao casal, também foi ameaçada por quatro homens no dia anterior.
A testemunha e o agricultor haviam combinado de fazer uma plantação de feijão numa parte da terra. Em uma segunda-feira, a testemunha olhava o local onde fariam a plantação. Momentos depois, chegaram os quatro homens e um deles estava armado com uma pistola calibre 380.
“Eles foram na propriedade e encontraram a testemunha, que é um policial militar da reserva. Eles fizeram a ameaça afirmando que o casal havia invadido as terras deles e, logo depois, foram embora”, relatou o delegado titular.
De acordo com o relato da testemunha, que ainda chegou a conversar com o agricultor sobre as ameaças, este afirmou que a terra lhe pertencia e estava toda documentada.
Fonte: Da Redação