O maior abrigo para pessoas refugiadas e migrantes de etnias indígenas na América Latina, o Waraotuma a Tuaranoko completa 100 dias no próximo 20 de junho em Boa Vista.
O local possui características que atendem às diversas especificidades da população indígena, como moradias duplas com exaustores para maior circulação de ar, estrutura para redes; cozinhas coletivas com fogões à lenha; área de recreação para crianças, quadras de vôlei e futebol, entre outros.
O processo de realocação envolveu as comunidades indígenas que anteriormente viviam nos abrigos Nova Canaã, Tancredo Neves e Pintolândia. A despeito de diversas intervenções nos últimos anos, os locais já não comportavam mais os povos indígenas refugiados e migrantes com necessidade de proteção em Boa Vista.
Atualmente, Boa Vista recebe refugiados e migrantes majoritariamente das etnias Warao e Eñepá. O processo foi construído com as lideranças de cada grupo étnico, respeitando sua cultura e costumes.
A decisão de mudar-se para o novo abrigo foi voluntária, com grande adesão da população indígena. Em apenas uma semana, já havia 819 indígenas vivendo no novo abrigo, que possui capacidade para 1.440 pessoas.
Atualmente, o maior abrigo da América Latina, conta com uma população de 1.092 pessoas e está localizado no bairro 13 de Setembro.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ou Agência da ONU (ACNUR) e as organizações parceiras estão em constante contato com a comunidade indígena para o desenvolvimento de soluções que vão além do abrigamento emergencial e temporário, como o alcance da autonomia socioeconômica.
Desde a abertura do novo abrigo, em articulação com o Subcomitê Federal de Acolhimento e Interiorização (Sufai), responsável pelos abrigos, diversas iniciativas foram realizadas, como a garantia de transporte escolar por três meses para crianças e responsáveis, para aqueles que ainda não conseguiram a transferência dessas crianças para escolas próximas da nova moradia.
Assim, como forma de solução para longo prazo, foi criado o projeto Narunoko (que significa “caminho” na língua Warao), focado em fornecer suporte por até 8 meses a famílias indígenas em sua transição para fora dos abrigos.
O projeto contempla diversos componentes, como treinamentos, auxílio em dinheiro, distribuição de itens não alimentares de primeiras necessidades e acompanhamento de proteção, com visitas mensais às famílias participantes.
Outra importante iniciativa foi a ampliação da parceria com A Casa Museu do Objeto Brasileiro, que oferece treinamentos para produção de artesanatos.
O crescimento do projeto possibilitou que mais de 60 novos artesãos fossem incluídos no projeto, agora participando de atividades de educação financeira e criação de associações de artesãos com o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados e outros parceiros locais.
Neste dia 20 de junho, o Sufai e a Força-Tarefa Logística Humanitária, logo após a cerimônia que marcará os 100 dias a inauguração do local, irão proporcionar uma palestra oferecida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sobre conhecimentos básicos para gestão e manutenção de um negócio próprio.
Essas atividades têm como objetivo tornar esses beneficiários aptos para o mercado de trabalho, bem como aumentar as chances de interiorização por Vaga de Emprego Sinalizada (VES) nos diversos estados do país.
De acordo com a ACNUR a data coincide com o Dia Mundial do Refugiado. Dessa forma, vai ocorrer uma uma solenidade com a presença de representantes de agências que atuam no local.
Por fim, a solenidade terá início às 15h, no próprio abrigo, e será aberta à imprensa.
Fonte: Da Redação
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