Cerca de 375 servidores federais, que prestavam serviços como técnicos de educação à União em Roraima, realizaram na manhã desta quarta-feira (3) uma manifestação em frente ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) para reivindicar celeridade no pagamento de precatórios, aguardado há mais de 30 anos.
Conforme Francisca de Chagas, trabalhadora do ex-território, ela e outros servidores também cobram mais transparência ao Sinter, que cuida do caso na Justiça.
“A gente está reivindicando hoje, porque há mais de 30 anos a gente aguarda para receber esse dinheiro. É uma dívida federal que o governo tem com os servidores. Existem vários processos correndo e a gente procura saber no Sindicato, procura saber das pessoas que estão à frente, mas ninguém justifica para gente como está o andamento das coisas”, disse a mulher.
A última informação que a categoria recebeu é de que o juiz responsável pelo processo está afastado e o substituto não dá andamento.
“O juiz responsável entrou de licença para paternidade e em seguida tirou as férias também. Ele não fez o que tinha que ter feito, isso acontece desde o dia 8 de março. O que informaram para a gente é que ele deixou uma observação para o juiz substituto, para que ele não mexesse com o processo coletivo. Essa observação impossibilitou o outro juiz de assinar. A decisão que era para sair em 2025, deve ir para 2026”, explicou.
Sem resposta
Os servidores se sentem desamparados pela Justiça e cobram que as autoridades políticas também se manifestem pela classe. “Nos sentimos lesados, desrespeitados humanamente. Acho que os políticos deviam se atentar para ver isso. Até a Polícia Federal tem que ver o que está acontecendo com o nosso dinheiro, porque o dinheiro está aí para a gente receber e ninguém libera”, desabafa Francisca Chagas.
Para Francisca Izadora, o Sinter não dá a devida atenção para a causa dos servidores do ex-território. “O Sinter não resolve nada, só fica jogando a gente para o lado. Foi feito um cálculo, uns três anos atrás, e esse cálculo foi refeito. Aí agora, no ano passado, eles mostraram para a gente um valor com a metade do que estava calculado. A gente não sabe como fizeram isso. Uns estão recebendo mais e outros menos”, concluiu.
Citada
Por meio de nota, o Sinter informou que o processo dos 375 técnicos não está parado e que existe cálculo da Contadoria da União, já repassados aos trabalhadores.
Além disso, o Sindicato afirma que se manifestou contra a decisão da Justiça, uma vez que os cálculos para grande maioria não estavam em consonância com os demais.
Para a entidade, a Justiça é lenta. Isso porque o cálculo deveria ser homologado até o dia 2 de abril de 2024 para ser pago em 2025, o que não ocorreu. Dessa forma, ficou para ser homologado ainda no decorrer do ano de 2024, para receberem em 2026.
Fonte: Da Redação