Mais de 70 mil imigrantes venezuelanos vivem na condição de refugiados em Roraima, conforme Acnur

Processo de interiorização é uma estratégia para que imigrantes tenham oportunidade de emprego e reinserção social em outros estados do Brasil

Mais de 70 mil imigrantes venezuelanos vivem na condição de refugiados em Roraima, conforme Acnur
Juliana Melo, Gestora de Interiorização, com Jimmy José, imigrante interiorizado/Foto: Divulgação/Comunicação FSF

Mais de 70 mil imigrantes venezuelanos vivem na condição de refugiados em Roraima. As informações foram divulgadas pela Fraternidade se Fronteiras conforme dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

Assim, em Roraima e Amazonas, há uma população média de 15 mil pessoas em situação de abrigo. A principio, são outras cerca de 33 mil pessoas vivendo em ocupações espontâneas, segundo informações da Operação Acolhida.

Interiorização

Logo, a interiorização foi uma estratégia criada pelo Governo Federal em 2018, executada e coordenada pelo mesmo, por meio das Forças Armadas e o Ministério da Cidadania, em parceria com diferentes entidades, entre elas a Fraternidade sem Fronteiras, que leva os venezuelanos para outros estados.

Em contrapartida esses estados não estão com seus sistemas sobrecarregados devido ao grande números de pessoas que recém chegam da fronteiras. Ao mesmo tempo, há mais oportunidades de empregos e reinserção social nesses locais.

Acolhimento

Dezenas de madrinhas e padrinhos da FSF já acolheram pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas por essa modalidade, o que chamamos de uma possibilidade de interiorização para a casa de um Acolhedor Voluntário.

Voluntariado

Para ser um voluntariado, a pessoa deve fazer uma solicitação através da equipe de Interiorização um que ao receber a proposta de acolhimento, verifica se trata-se de proposta válida, e dentro das Diretrizes de Acolhimento elaboradas pela organização.

Em seguida, realiza busca ativa nos centros de acolhimento geridos pela FSF a fim de encontrar uma família que se encaixe nas condições de acolhimento propostas pelo voluntário.

Famílias

Dentre as famílias acolhidas, a prioridade são as que costumam ter mais dificuldade de serem interiorizadas: mulheres mãe solo, grupos familiares em que há algum integrante com deficiência ou alguma necessidade específica de saúde e, por fim, as que não tem algum familiar ou amigo no Brasil que as possam receber.

Quando se assegura que ambas as partes estão interessadas e dispostas a seguir com o processo, reuni-se os documentos necessários para que a interiorização ocorra. Contando com o apoio do Governo Federal e das Agências ONU.

Assim, o processo de interiorização dos imigrantes é um benefício. E é voluntário e migrantes que precisam manifestar a vontade.

“Hoje o principal desafio do nosso setor é a busca por trabalho e junto vêm as demais problemáticas. Posso dizer que para as mães solos, principalmente para elas, a luta é maior ainda. Porque elas são sozinhas para trabalhar e cuidar dos filhos. Mas com a ajuda dos acolhedores voluntários, estamos conseguindo vencer”, explicou Juliana Melo, Gestora de Interiorização do Projeto Brasil, um coração que acolhe.

Para os idosos, pessoas com deficiência física e intelectual, com doenças crônicas, muitas vezes essa possa ser a única chance de recomeçar para os imigrantes. O processo tem acompanhamento de seis meses.

“Acreditamos que essa é uma excelente possibilidade de interiorização, porque nós acreditamos que os nossos padrinhos, madrinhas, voluntários, têm todo o amor e paciência para auxiliar essas pessoas que não conhecem nada de outro estado, a recomeçarem a vida da melhor forma possível”, concluiu Juliana.

Fonte: Da Redação

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