O projeto ‘Maria Vai à Escola’ da Prefeitura de Boa Vista, em parceria com Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), fez a entrega nesta quinta-feira, (17) de 162 certificados para alunos das unidades de ensino Professora Carmem Eugênia Macaggi e Francisco Cássio De Moraes, dentro da programação da campanha “Agosto Lilás”
Dessa forma, o projeto, que atua na capital desde 2015 levando aos alunos a mensagem de combate à violência contra a mulher, já atendeu 25 escolas da capital, alcançando 3.200 alunos do município. Sua proposta é colocar em discussão os direitos humanos, igualdade de gênero, etnia, bem como a problemática da violência doméstica e familiar.
As alunas Marianna Paz e Sofia Tavares, ambas com 10 anos, estão no 5º ano do Ensino Fundamental na Escola Carmem Eugênia Macaggi. Elas receberam os certificados confiantes de que aprenderam bastante sobre o projeto “Maria Vai à Escola” e a importância de tratar de um tema tão delicado e necessário atualmente.
“Aprendemos sobre os direitos humanos, como também a Lei Maria da Penha, visto que a Maria foi uma mulher que lutou pelos seus direitos e hoje existe uma lei em homenagem a ela que protege as mulheres”, disse a estudante Sofia.
Já Mariana também fez questão de destacar os direitos adquiridos pela mulher. “Antigamente as mulheres não faziam as coisas que hoje em dia elas podem, como jogar ou assistir futebol, sair sozinhas e o direito ao voto. Hoje a mulher é livre, tem que ser respeitada e deve ser muito bem tratada. Para mim, meu melhor exemplo e inspiração é minha mãe”, frisou.
Projeto da escola para dentro de casa
De acordo com a secretária adjunta municipal de Educação e Cultura (SMEC), Meiry Jane Gomes, o projeto “Maria Vai à Escola” já é parte da rotina dos alunos, com a proposta de levar esse debate para todas as unidades de ensino, além da sensibilização e o diálogo com as crianças, para que a informação chegue às suas casas.
“As crianças sempre são um caminho para levar informações também às famílias. Por isso buscamos desenvolver nelas uma consciência crítica, ajudando e até colaborando com a própria segurança. Elas são sempre atenciosas. Então, quando ouvem um tema que é tão atual, começam a observar dentro de suas casas. E alguma ação de discriminação ou falta de respeito contra a mulher, já cria essa consciência de que aquilo não está certo”, destacou.
Parceria que deu certo
A juíza e coordenadora da Violência Doméstica do TJRR, Suelen Alves, ressalta que o projeto existe graças a essa parceria. E fica feliz que a entrega dos certificados aconteceu no mês do Agosto Lilás.
“É a terceira certificação de alunos que fazemos em parceria com o município. E não se trata apenas de palestras, mas efetivamente de aulas com material pedagógico diferenciado para essas crianças que são atendidas e que levam esse conhecimento para casa, acerca de igualdade, gênero, respeito e de direitos humanos”.
Fonte: Da Redação